92% dos pacientes infectados varíola dos macacos são homens no Grande ABC
O público masculino representa 91% dos casos diagnosticados, o que significa que de cada dez infectados, nove são homens.
GRANDE ABC – A maioria dos pacientes diagnosticados pela monkeypox (varíola dos macacos) são homens nas cidades do Grande ABC, conforme informação da Secretaria de Estado da Saúde. A plantaforma Central Cievs informa que 92% dos pacientes infectados pela doença são homens, entre 30 e 34 anos.
O público masculino representa 91% dos casos, o que significa que de cada dez infectados, nove são homens. Até quarta-feira (5), foram registrados 205 casos da doença nos sete municípios, sendo que 186 ocorrências acometeram o público masculino e apenas 19 casos foram registrados entre as mulheres.
Dos 205 pacientes infectados pela monkeypox no Grande ABC, 170 pessoas já estão curadas da doença e 35 seguem em isolamento domiciliar acompanhadas pelos órgãos de saúde dos municípios.
No Estado, foram contabilizados 3.774 casos e os dados mais recentes disponibilizados pelo Ministério da Saúde mostram que o País tinha 7.869 casos confirmados até dia 30 de setembro.
Até o momento, o País registrou três óbitos em decorrência da monkeypox, sendo duas mortes confirmadas no Rio de Janeiro e uma em Minas Gerais. A Secretaria de Saúde do Rio informou ontem que o segundo óbito do Estado foi de um homem de 31 anos que estava internado há um mês. Segundo a pasta, o paciente possuía baixa imunidade e comorbidades, assim como as outras duas vítimas, que também eram do sexo masculino.
O Ministério da Saúde realizou levantamento sobre o perfil dos pacientes na primeira quinzena de agosto, sendo que a maioria dos casos identificados no Brasil ocorreram entre o público masculino.Dos 2.219 pacientes confirmados com a doença na época, 95% eram pessoas do sexo masculino, com média de idade de 36 anos.
Transmissão
A transmissão da monkeypox por relação íntima ou sexual entre homens pode ser um dos principais motivos para alta de casos entre o grupo masculino, conforme aponta José Ribamar Branco, infectologista e fundador do IBSP (Instituto Brasileiro para Segurança do Paciente).