Reeleição de Marcelo Oliveira em Mauá evita que o PT seja varrido de berço eleitoral

A maioria dos prefeitos já eleitos em 2024 no Grande ABC não são do PT nem mesmo da esquerda, enfraquecendo a sigla na região.

MAUÁ — A reeleição do atual prefeito Marcelo Oliveira (PT) no domingo (27), no segundo turno das eleições municipais, evitou que o PT-Partido dos Trabalhadores fosse varrido do Grande ABC.

A derrota do PT em 6 cidades da 7 do ABC é sinal do fim de um ciclo político? O resultado representa o fracasso do presidente Lula (PT)? Com 100% das urnas apuradas, Marcelo ficou com 54,05% dos votos válidos, ou um total de 102.115.

Atila Jacomussi teve 86.817 votos, o equivalente a 45,95% dos votos válidos. Desde que a reeleição se tornou possível no Brasil, em 1997, Oliveira é apenas o segundo prefeito a conseguir o feito em Mauá.

Antes dele, Oswaldo Dias (PT) foi eleito em 1996 e reeleito em 2000. O vice de Oliveira é Juiz João (PSD).  Lula foi ao município em um comício no dia 20, onde exaltou vários programas de seu governo, como o Mais Médicos e o Pé-de-Meia, e pediu que Mauá lhe desse “Marcelo de presente” no dia 27, que foi seu aniversário.

A maioria dos prefeitos já eleitos em 2024 no ABC não são do PT nem mesmo da esquerda. Gilvan (PSDB) ganhou em Santo André com 60,98% dos votos válidos no primeiro turno. Em São Caetano, Tite Campanella (PL) saiu vitorioso com 59,61% dos votos válidos. Em São Bernardo, o segundo turno foi tomado pela centro-direita, com uma disputa entre Marcelo Lima (Podemos) e Alex Manente (Cidadania). 

Em Diadema, Taka Yamauchi (MDB) derrotou o prefeito José de Filippi Junior (PT). No ABC paulista, Lula foi revelado entre os anos 1978 e 1980 como o maior líder sindical em greves de metalúrgicos.

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