Mais de 1000 mulheres vítimas de violência foram atendidas pela Patrulha Maria da Penha em Santo André

Os dados foram apresentados na última sexta-feira (7), em palestra realizada por integrantes da Patrulha na sede da OAB em Santo André.

Danielle Coelho. Foto: Alex Cavanha/PSA

SANTO ANDRÉ – Desde que foi criada em 2020, a Patrulha Maria da Penha, da Guarda Civil Municipal (GCM) do município de Santo André, no Grande ABC, já atendeu e monitora 1.320 mulheres vítimas de violência doméstica.

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As equipes atuaram em 5.028 ocorrências relacionadas à violência doméstica, sem registro de caso de feminicídio registrado em mulheres que ingressaram no programa. Neste mesmo período, 144 pessoas foram detidas. Os dados foram apresentados na última sexta-feira (7), em palestra realizada por integrantes da Patrulha Maria da Penha na sede da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil).

O encontro discutiu o processo de construção de uma rede de proteção para mulheres vítimas de violência, seja de gênero, doméstica ou mesmo familiar. Na ocasião, a GCM Danielle Coelho, coordenadora da Patrulha Maria da Penha, destacou a atuação da corporação focada na preservação da vida dessas mulheres.

“O nosso trabalho atende e monitora as mulheres que possuem medidas protetivas vigentes. No caso de qualquer descumprimento dessas determinações, nós agiremos com o rigor necessário”, pontuou Danielle.

A coordenadora esclareceu ainda que, além de acolher, as equipes alertam por meio dessas palestras todos os tipos de violência, além de apresentar para a comunidade os sinais que podem ser identificados sobre o ciclo da violência doméstica. “Todo esse desenvolvimento se dá, sobretudo, obedecendo regras que começam em um momento de tensão, depois o agressor parte para a violência e depois chega à fase do arrependimento”, frisou Danielle.

“O trabalho realizado pela Patrulha nos motiva a aperfeiçoar cada vez mais nosso trabalho com esse programa de sucesso. É importante alertar essas mulheres para que procurem os serviços de acolhimento, visando proporcionar essencialmente a preservação da vida e o cumprimento da legislação”, finalizou o secretário de Segurança Cidadã, Temistocles Telmo.

Mais de 21 milhões de brasileiras sofreram algum tipo de agressão nos últimos 12 meses, de acordo com pesquisa do Datafolha encomendada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

A pesquisa também mostra que 5,3 milhões de mulheres, 10,7% do total da população feminina do país, relataram ter sofrido abuso sexual e/ou foi forçada a manter relação sexual contra a própria vontade nos últimos 12 meses, ou seja, uma em cada 10.

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