Projeto de Lei quer multar quem usar bebê reborn para obter prioridade
O parlamentar argumenta que a prática desvirtua os princípios de boa-fé e prejudica o funcionamento dos serviços, especialmente os de saúde.
BRASÍLIA — Um projeto de lei apresentado na Câmara dos Deputados nesta quinta-feira (15) propõe multa para quem tentar obter benefícios ou atendimentos prioritários utilizando bonecas do tipo bebê reborn — réplicas hiper-realistas de recém-nascidos.
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De autoria do deputado federal Zacarias Calil (União Brasil), o texto proíbe o uso dessas bonecas para furar filas, garantir assentos preferenciais ou receber atendimento prioritário em serviços públicos e privados.
A multa prevista varia entre cinco e 20 salários mínimos, dependendo da gravidade da infração e da vantagem obtida. Em caso de reincidência, o valor é dobrado.
O parlamentar argumenta que a prática desvirtua os princípios de boa-fé e prejudica o funcionamento dos serviços, especialmente os de saúde. O projeto ainda precisa passar pelas comissões e ser votado em plenário.
Embora vídeos nas redes sociais mostrem adultos com bebês reborn em hospitais e repartições públicas, ainda não há confirmação de que os casos sejam reais. Segundo Daniela Baccan, da loja Alana Babys, a maioria das vendas dessas bonecas ainda é voltada para o público infantil.