Censo segue abaixo do desempenho nacional nas sete cidades do ABC

Nessas cidades, os recenseadores visitaram  92 mil domicílios, sendo 159.871 pessoas recenseadas, número que representa 24,1% do total.

Recenseador do Censo 2022. Foto: reprodução 360.com.br
Recenseador do Censo 2022. Foto: reprodução 360.com.br

GRANDE ABC – Os recenseadores do Censo 2022  vêm enfrentado dificuldades em todo Brasil, principalmente porque muita gente vem se recusando a atendê-los e responder o questionário. Até o último balanço divulgado, no dia 3 deste mês, 49% dos brasileiros foram ouvidos no levantamento demográfico, ou 105 milhões de pessoas.

O balanço divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística)  mostra o índice de recenseamento abaixo da média nacional, nas sete cidades do Grande ABC. Nessas cidades, os recenseadores visitaram  92 mil domicílios, sendo 159.871 pessoas recenseadas, número que representa 24,1% do total.

 O Censo 2022, que terminaria em outubro, foi prorrogado e segue até dezembro. 

Conforme o IBGE, Mauá é  a cidade com maior percentual de setores recenseados, com 37,3% do total, enquanto  São Caetano ocupa a segunda colocação com (34,6%). São Bernardo (32,2%), Santo André (32%), Ribeirão Pires (27,6%), Diadema (24,1%) e Rio Grande da Serra (21,2%). 

O IBGE explica que há uma necessidade de prorrogação do levantamento, já que o levantamento deste ano acontece em ritmo “bem mais lento que o do Censo 2010” quando após 57 dias de coleta de dados “tinham sido recenseadas 154 milhões de brasileiros”. 

CENSO 2022

O Censo Demográfico volta a ser realizado após dois anos de adiamento em razão da pandemia do coronavírus.

A última coleta de dados aconteceu em 2010. Daquele ano para cá, de acordo com as projeções feitas pelo instituto, a população das sete cidades do Grande ABC cresceu 10,7%, saltando dos 2.551.328 habitantes em 2010 para 2.825.048 moradores no ano passado (dados estimados). 

Nesta edição da pesquisa, há três novas questões que abordam informações sobre grupos quilombolas e autismo.

O Censo 2022 terá dois modelos de questionários, o simplificado (básico), que será aplicado em 89% dos domicílios, e o ampliado (amostra).

As perguntas são divididas em blocos. No modelo básico, serão realizadas 26 perguntas sobre identificação do domicílio, informações sobre moradores, características do domicílio, identificação étnico-racial, registro civil, educação, rendimento do responsável pelo domicílio, mortalidade e dados da pessoa que prestou as informações.

O questionário da amostra possui 77 perguntas. Além dos blocos contidos no questionário básico, este modelo investiga também trabalho, rendimento, nupcialidade, núcleo familiar, fecundidade, religião ou culto, pessoas com deficiência, migração interna e internacional, deslocamento para estudo ou trabalho e autismo.

Além da pesquisa presencial, haverá a possibilidade de resposta pela internet ou por telefone. Para todos os casos é necessário aguardar a visita do recenseador.

Para garantir a segurança da população, os recenseadores do IBGE, profissionais que irão aplicar os questionários do Censo, estarão uniformizados com colete, boné, crachá, e terão computador de mão.

Pessoas acima de 12 anos, capazes de esclarecer as perguntas, poderão responder ao recenseador. Os moradores poderão confirmar a identidade do profissional pelo site ou pelo 0800 721 81 81, telefone de atendimento gratuito do IBGE.

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