Boulos e Nikolas Ferreira divergem sobre planos dos presidenciáveis
Boulos defendeu as propostas do candidato petista, enquanto Nikolas defendeu à reeleição de Jair Bolsonaro.
SÃO PAULO – A CNN Brasil realizou um debate com os dois deputados eleitos Guilherme Boulos (PSOL-SP) e Nikolas Ferreira (PL-MG), os mais votados do Brasil na quarta-feira (12). Os deputados avaliaram os planos de governo dos candidatos à Presidência Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL).
No debate, Boulos defendeu as propostas do candidato petista, afirmando que seu plano de governo tem o objetivo de “reconstruir o Brasil”, já Nikolas defendeu à reeleição de Jair Bolsonaro (PL).
O deputado eleito disse que o país não aguenta mais ficar os próximos quatro anos debatendo ódio, intolerância, armas. “O Brasil tem que discutir o combate à fome (…), o Brasil tem que debater o combate ao desemprego; o Brasil tem que debate milhões de famílias que estão endividadas nos setores populares”, disse.
O mineiro que Bolsonaro irá continuar às políticas públicas implementadas em seu governo. “Nós tivemos mais de 400 mil títulos de terra sendo entregues durante o governo. Para fazer uma comparação para o telespectador: somente nos dois mandatos do governo Lula foram 99 mil; nós tivemos 92% de desconto na dívida do FIES; aumentamos 33% o piso salarial de professores”, destacou o deputado.
Nikolas Ferreira foi o candidato a deputado federal mais votado do Brasil nas eleições deste ano e o mais votado da história de Minas Gerais, com 1.492.047 votos. Guilherme Boulos, eleito por São Paulo, foi o segundo deputado federal mais votado, com 1.001.472 votos.
Eles repercutiram a nova composição do Congresso.“Com um Congresso mais à direita, um Congresso mais conservador, vamos ter avanços, continuar com as reformas do nosso país — que tem crescido, muito embora tenha uma torcida muito contra o nosso país. Então, eu estou esperançoso, acredito que irei fazer ali um bom trabalho, assim como estamos fazendo aqui em Belo Horizonte”, avaliou Nikolas.
Boulos defendeu que, com a eventual eleição de Lula, para se ter uma governabilidade “que possa colocar no centro da agenda a questão econômica, o combate à fome — o Brasil voltou para o mapa da fome no governo Bolsonaro, é importante lembrar isso —, o combate ao desemprego à precarização do trabalho, o Lula vai precisar, além de contar com os votos da esquerda, construir um diálogo com partidos de centro”.