Vereadores cobram apuração de merenda superfaturada em São Caetano

O contrato já passou por dois reajustes em um período de seis meses e tem os produtos com valores acima da média do mercado.

SÃO CAETANO – Após denúncia de superfaturamento da Prefeitura de São Caetano no contrato com a empresa Tegeda Comercialização e Distribuição Ltda, responsável pelo fornecimento de alimentos para uso na merenda escolar, vereadores enviaram questionamentos à Prefeitura.

A denúncia foi feita para o site Repórter Diário, na quinta-feira (9). A reportagem mostrou que a Prefeitura de São Caetano paga R$ 23,5 milhões para a Tegeda fornecer 93 produtos alimentícios para produção da merenda escolar de 74 instituições do município, entre unidades de ensino infantil e fundamental.

O contrato já passou por dois reajustes em um período de seis meses e tem os produtos com valores acima da média do mercado.

Os vereadores pretendem acionar o Ministério Publico (MP) para investigar o caso. “Cabe uma investigação e esse é o papel dos vereadores. Além de legislar sobre o município, também é nosso papel fiscalizar. Já providenciei cópias do Diário Oficial para analisar e investigar, porque o dinheiro público é sagrado e vamos ter esse cuidado”, declarou Jander Lira (PSD).

Até o momento a empresa não se pronúnciou .

PROCESSO NO MP

A empresa Tegeda Comercialização e Distribuição Ltda se envolveu em uma situação semelhante com a Prefeitura de Vinhedo, em 2015. Na ocasião, o Ministério Público Federal (MPF) denunciou o ex-prefeito do município Milton Álvaro Serafim, à época no PTB, por crimes de superfaturamento de preços, fraude à licitação, prorrogações ilegais de contratos e formação de quadrilha, quando da aquisição pela Prefeitura de produtos alimentícios destinados à merenda escolar.

Ao todo, 26 pessoas se tornaram réus na na 9ª Vara Federal de Campinas. Entre elas, três sócios da empresa que detém contrato com São Caetano atualmente: Marilene Torres, Bragoni Gottardi e Marcos Alberto Amancio de Medeiros.

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