Mauá garante auxílio de $500 para famílias afetadas pelas chuvas
O decreto assinado pelo prefeito de Mauá, Marcelo Oliveira (PT), reajustou o auxílio emergencial financeiro à população atingida por desastres provocados pelas chuvas ou que resida em zonas de risco para R$ 500. O auxilio era de $300 e atente 60 famílias.
“Nós estamos removendo as pessoas que vivem em área de risco e antecipando o pagamento em três meses, para que as pessoas possam sair do local e pagar o aluguel em outro lugar”, declarou o prefeito ao sie Diário.
O benefício será concedido pelo prazo de até seis meses, podendo ser prorrogado pelo mesmo período posteriormente.
Segundo o decreto, o direito garantido será destinado ao responsável da família, com preferência às mulheres. “O poder público tem a obrigação de fiscalizar e impedir que as pessoas ocupem áreas de risco. Nós sabemos que essas pessoas vão para esses locais por necessidade. Mas é a nossa obrigação garantir que elas não precisem e não residem em regiões de risco”, disse Marcelo.
O projeto de lei que reajustou o benefício foi aprovado por unanimidade pela Câmara, após o Paço encaminhá-lo em regime de urgência diante dos desastres na cidade em 2023, principalmente em fevereiro.
Marcelo decretou estado de emergência em 28 de fevereiro, após fortes chuvas causarem enchentes e desabamentos no município. Em apenas 21 dias, o volume de água superou em 140% o previsto para todo o mês de fevereiro pelo Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais) e pela Defesa Civil do Estado de São Paulo. O esperado para 28 dias era 284mm, porém até agora já choveu 685mm.
As enchentes acarretaram em duas mortes entre novembro do ano passado e março deste ano. No dia 23 de novembro, um homem morreu na cidade após ter o carro arrastado pela água até o córrego Estrada do Britador. Em 22 de fevereiro, uma mulher, entre 50 e 60 anos, morreu após o deslizamento de barranco na Rua Júlio Antônio Conde, no Jardim Zaíra, em Mauá. Outras duas pessoas ficaram feridas na ocasião.
Ainda em fevereiro, 12 famílias ficaram desabrigadas depois que parte de uma encosta situada na Rua Luiz Aletto, bairro Alto da Boa Vista, ter deslizado parcialmente. Os moradores tiveram que deixar às pressas suas casas durante a noite, ainda sob forte chuva. Uma das construções foi diretamente afetada pelo escorregamento de terra.
Desde então, equipes da Defesa Civil e do Cras (Centro de Referência de Assistência Social) se mobilizaram em força-tarefa pela cidade para identificar as famílias que vivem em situação de risco e realizar a remoção imediata dessas pessoas dos locais.