Servidores de São Bernardo realizam segundo dia de greve por reajuste salarial
"Os servidores dão o melhor de si para atender à população da nossa cidade e não têm condições de trabalho adequadas", afirmou servidores.
SÃO BERNARDO – Ainda sem conseguir abrir uma mesa de negociação com a Prefeitura, os servidores e servidoras de São Bernardo chegaram ao segundo dia de greve por reajuste salarial nesta terça-feira (28).
Os funcionários públicos se concentraram por volta das 8h na praça Santa Filomena, na rua Marechal Deodoro. De lá, saíram em passeata rumo ao Paço Municipal.
Ao chegarem na Prefeitura, os servidores demonstraram sua insatisfação com o tratamento que o prefeito Orlando Morando (PSDB) tem dado ao funcionalismo público. “Os servidores dão o melhor de si para atender à população da nossa cidade, para atender os alunos em sala de aula, para atender nos postos de saúde, nas UPAs (Unidade de Pronto Atendimento), as auxiliares de limpeza, as auxiliares de classe, a gente sabe que todos trabalham muito e não têm condições de trabalho adequadas”, disse a vereadora Ana Nice (PT), presente nos dois dias de greve para apoiar os servidores.
O Sindicato dos Funcionários Públicos e Autárquicos de São Bernardo ( SindServ-SBC) pede reajuste salarial de 17.14% para todos os profissionais que compõe a categoria de servidores públicos, além de reivindicar melhorias em convênios médicos e reajustes no valor do auxílio transporte.
Segundo os servidores, os auxiliares de limpeza da Prefeitura e suas secretarias ganham um salário líquido de R$ 900 para uma jornada de 44h semanais. “Nós, auxiliares de limpeza dentro das escolas e dos prédios públicos, somos desrespeitados. Nosso salário é inferior à de toda classe trabalhadora. Nosso salário é inferior aos dos terceirizados que a Prefeitura coloca nas escolas. Hoje, nos espaços públicos como nas secretarias, somos comandados por funcionários comissionados, os mesmos que nos humilham diariamente”, declarou Renata Fabiana da Silva, auxiliar de limpeza da Prefeitura.
Outra reivindicação é a do reajuste do valor do auxílio transporte pago aos servidores que hoje, de acordo com o sindicato, é de R$ 88. “Nós não temos nem o mínimo para pagarmos a passagem diária de ida e volta. O auxílio transporte que recebemos paga apenas uma semana de transporte, isso para aqueles que pegam apenas um transporte para ir e um para voltar. É um desrespeito para com a classe trabalhadora, para dizer o mínimo”, afirmou Dinailton Cerqueira, presidente do SindServ-SBC.