Hospital da Mulher de São Bernardo atrasa e só funciona parcialmente
A entrega parcial do hospital foi feita em outubro do ano passado, com a inauguração das novas instalações do Caism.
SÃO BERNARDO – Prometido para ser 100% concluído até o fim do ano passado, o Hospital da Mulher de São Bernardo continua operando de forma parcial. Apenas o andar térreo do equipamento, no bairro Nova Petrópolis, está funcionando com consultas previamente marcadas nas Unidades Básica de Saúde (UBS) e sem pronto atendimento.
Os funcionários não têm permissão para acessar os andares superiores e a previsão é que a unidade esteja totalmente à disposição das moradoras em agosto. “Eles não nos deixam subir, mas pelo que parece os equipamentos ainda não chegaram. É tudo escuro lá para cima, então é difícil dar certeza. A gente vê mais pela movimentação, pois às vezes vêm o pessoal da Prefeitura aqui, mas não vemos equipamentos chegando”, contou um dos funcionários ao site Diário.
Portanto, até que todos os serviços estejam à disposição, as mulheres que precisam de consulta ou atendimento de emergência têm de buscar serviços nas UBSs, UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) ou no HMU (Hospital Municipal Universitário).
“A triagem para passar aqui no hospital é muito complicada. Às vezes eu mal consigo marcar ginecologista na UBS, porque não tem. Então, passei com o clínico geral, porque estava com sangramento na região vaginal. Ele me encaminhou com urgência para cá, mas disseram que precisavam avaliar o pedido, principalmente por não ter vindo de um ginecologista. Demorou quase dois meses para aprovarem e marcarem meus exames. Peguei os resultados hoje (quinta-feira) e agora tenho que aguardar novamente aprovarem o pedido para eu passar com ginecologista daqui. Se demorar muito, vou para a UBS mesmo”, disse uma paciente ao sair do hospital.
A entrega parcial do hospital foi feita em outubro do ano passado, com a inauguração das novas instalações do Caism (Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher). A Prefeitura, comandada por Orlando Morando (PSDB), informou à época que a entrega total do equipamento seria feita até o fim do ano, com serviços de pronto atendimento de ginecologia e obstetrícia, centro cirúrgico, ambulatórios, ginecológica e neonatal, casa da gestante, maternidade, núcleo interno de regulação, estrutura para realização de exames laboratoriais (tomografia, mamografia, ecocardiograma, ultrassonografia, entre outros) e UTIs (Unidades de Terapia Intensiva).
O prédio do hospital pertencia ao Imasf (Instituto Municipal de Assistência à Saúde do Funcionalismo), autarquia criada em 1964 e extinta pela gestão Orlando em 2021. Segundo consta no site da Prefeitura, o prédio contará com 11 andares, mas funcionários do hospital informaram ao Diário haver entre cinco e sete andares.
Questionada, a Prefeitura não informou o prazo para a entrega completa do hospital, tampouco sobre o número de andares do prédio.