Cidades da Grande ABC têm qualidade do ar moderada

O quadro moderado indica que houve alta na concentração de poluentes e, conforme o índice aumenta, mais pessoas começarão a sentir prejuízos na saúde por causa disso.

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GRANDE ABC – As cidades de Santo André (com local de mediação no Bairro Capuava), São Bernardo (Bairro Pauliceia), São Caetano e Mauá estão com qualidade do ar moderada, de acordo com o boletim divulgado pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb). No Centro de São Bernardo e em Mauá, o índice é considerado bom.

Não há dados sobre Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra. No status “moderado”, grupos mais sensíveis, como crianças, idosos e pessoas com doenças respiratórias e cardíacas, podem ter tosse seca e cansaço. De forma geral, os efeitos são mínimos para a maior parte do público.

O relatório anual da Cetesb, intitulado “Qualidade do Ar no Estado de São Paulo”, referente a 2022, afirma que a qualidade do ar na Região Metropolitana de São Paulo foi melhor em comparação com os últimos dados. Nesse contexto, as condições meteorológicas do ano passado foram mais favoráveis à dispersão dos poluentes do que em 2021.

No Grande ABC, o Material Particulado(MP) se destaca como o poluente mais presente. Ele é proveniente de fuligens que podem vir de emissões veiculares (escapamento) ou chaminés de fábricas. “Quando um veículo passa na via, ele suspende partículas que estavam ‘paradas’ no asfalto e elas voltam para a atmosfera. Além disso, a queima de combustíveis, seja de motos, carros ou caminhões, influencia essa emissão. As empresas, principalmente no Capuava, também soltam muitas dessas partículas”, elenca a química Maria Lúcia Guardani, gerente da Divisão de Qualidade do Ar da Cetesb.

De acordo com ela, o quadro moderado indica que houve alta na concentração de poluentes e, conforme o índice aumenta, mais pessoas começarão a sentir prejuízos na saúde por causa disso. “O material particulado é o mais danoso. A fuligem e a poeira que fica no ar enquanto não chove ou venta impactam na rotina da população. No verão, por exemplo, temos poucos dias com qualidade moderada porque, com as pancadas de chuva, a presença dos poluentes é muito menor.”

Questionada se o calor interfere na qualidade do ar, considerando que julho de 2023 pode entrar para a lista do mês mais quente da história, Maria Lúcia indica que as altas temperaturas causam outros problemas à população, sem estarem relacionados diretamente ao índice da Cetesb.

A gerente ressalta que as partículas estão em todos os lugares e a população pode fazer sua parte para diminuir a concentração de poluentes. “Sempre orientamos para que não façam queimadas. Tudo o que realizamos vai para a atmosfera em forma de partícula e, posteriormente, inalamos isso. As pessoas devem evitar andar de carro. Só usar o veículo se realmente for necessário. Podem aproveitar para fazer compras ou ir à padaria a pé. São pequenas ações que contribuem para a melhoria do ar que respiramos. Temos um papel importantíssimo”, complementa.

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