Governo de SP declara emergência zoossanitária por causa da gripe aviária

As infecções podem acontecer por meio do contato com aves contaminadas, vivas ou mortas.

O estado de emergência zoossanitária é declarado sempre em que há um risco de uma doença se propagar rapidamente entre os animais. (Foto | Reprodução)

SÃO PAULO – O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), declarou estado de emergência zoossanitária por 180 dias por causa da gripe aviária (H5N1), que teve os seus primeiros casos em aves registrados no Brasil em maio.

A medida foi publicada no Diário Oficial desta terça (15), e já tinha sido tomada pelo Ministério da Agricultura e também por governadores de outros estados.

Em nota, a secretaria estadual de Agricultura e Abastecimento disse ter atendido um pedido do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

O estado de emergência zoossanitária é declarado sempre em que há um risco de uma doença se propagar rapidamente entre os animais. É uma forma de o governo se antecipar a um surto e agilizar processos para combater a doença.

“A partir do momento em que o estado declara estado de emergência zoosanitária, ele passa a ter acesso a algumas facilidades previstas no decreto do Ministério da Agricultura, como acesso a um fundo de R$ 200 milhões para trabalhar no controle e prevenção da gripe aviária”, explica Cristina Nagano, diretora do Sindicato Rural do município de Bastos (SP), a capital nacional do ovo.

A medida não representa um alerta relacionado à saúde humana, embora as ações de prevenção sejam importantes, pois humanos podem, sim, contrair a doença.

Casos em São Paulo
No texto, a pasta afirma que o estado de São Paulo tem 13 casos confirmados em 8 municípios, todos em aves silvestres. Não existe nenhum caso suspeito em andamento e nem casos em aves comerciais, ou seja, em granjas que produzem ovos e frango para alimentação humana.

A Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA), atua nas atividades de defesas desde o primeiro caso e reforça que o consumo de aves e ovos não transmite a doença.

Aves doentes ou mortas não devem ser manipuladas sem a utilização de equipamento de proteção individual (EPI) e a Defesa Agropecuária deve ser acionada imediatamente caso ocorra alguma suspeita da doença ou identificação de aves mortas.

A maior preocupação, neste momento, é evitar que a gripe aviária chegue nas granjas e na criação de aves para a alimentação própria. Isso porque a gripe aviária se espalha rapidamente entre os animais.

Caso ela se dissemine, os animais precisarão ser sacrificados, o que diminuiria a oferta de carne de frango e ovos.

O Brasil continua sendo considerado território livre de infecção pelo vírus da influenza aviária, pois não existem diagnósticos nas granjas.

Gripe aviária no Brasil
A gripe aviária não é transmitida pelo consumo de aves ou ovos. De qualquer forma, medidas de biossegurança em aviários foram reforçadas.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o risco de contaminação entre humanos é baixo, mas as ações de prevenção são importantes porque com a circulação contínua da doença, há potencial de o vírus sofrer mutações, tornando-o mais contagioso.

As infecções podem acontecer por meio do contato com aves contaminadas, vivas ou mortas. Por isso, não é recomendado tocar e nem recolher aves doentes.

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