TCE volta a aprovar contas da Prefeitura de Diadema

O município tinha seis anos aprovação das contas;

O petista disse que “pegou a Prefeitura com uma herança” complicada da gestão do ex-prefeito Lauro Michels. (Foto | Reprodução)

DIADEMA – Depois de seis anos, a Prefeitura de Diadema voltou a ter contas aprovadas pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE). Em votação realizada pela primeira câmara na tarde desta terça-feira (29), os conselheiros referendaram a contabilidade de 2021 da administração, o primeiro ano do quarto mandato do prefeito José de Filippi Júnior (PT).

O conselheiro Edgard Camargo Rodrigues, relator das contas, acompanhou a avaliação da Assessoria Técnica Jurídica (ATJ), que recomendou a validação do balancete. O Ministério Público de Contas foi desfavorável, mas, no entendimento de Rodrigues, os apontamentos do órgão foram superados pelas justificativas do governo diademense.

“Quero compartilhar esse resultado com toda a minha equipe. É uma equipe comprometida com a cidade, séria, que tem a percepção de como é importante a valorização de respeitar o dinheiro público”, argumentou Filippi.

O petista disse que “pegou a Prefeitura com uma herança” complicada da gestão do ex-prefeito Lauro Michels. “Só esse dado revela a situação: havia cinco anos não se aprovavam as contas na instituição. Então tem um valor ainda superior sobre a aprovação dessas contas, que inverteu felizmente uma tendência quase crônica de um mau uso dos recursos, de má aplicação do dinheiro público. Portanto, a gente tem agora uma esperança, nós temos agora uma perspectiva de que vamos continuar para frente”, citou.

O chefe do Executivo adiantou que “os problemas não estão resolvidos” porque “não se resolve em um ano uma herança tão ruim”. “Mas a aprovação da conta é um ânimo para a gente continuar trabalhando ainda mais.”

Quando assumiu o Paço, Filippi fez um mapeamento das contas públicas. O secretário de Finanças, Francisco Funcia, indicou, à época, um rombo de R$ 1 bilhão em dívidas deixadas pela gestão de Lauro Michels. O valor do passivo, que engloba obrigações de curto e longo prazos, é praticamente a quantia que o município arrecada em um ano, o que evidencia a situação de incapacidade para novos investimentos – a conta engloba R$ 132 milhões em restos a pagar do ano passado e apenas cerca de R$ 400 mil disponíveis em caixa. 

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