Grande ABC participa de testes para novo remédio em Covid-19

O perfil procurado é de maiores de idade que possuem doenças crônicas.

A primeira fase é feita com “cobaias”. (Foto | Reprodução)

GRANDE ABC – Santo André é um dos 17 polos brasileiros para realizar a pesquisa global Scorpio-HR para criação de um medicamento que auxilia no tratamento da Covid-19 e busca impedir que a doença avance para quadros mais graves de infecção. Para ajudar na fase três, que contempla grupo populacional maior do que nos levantamentos prévios, o centro de estudos clínicos Pesquisare está recrutando até 18 de outubro pessoas que desejam participar das testagens.

O perfil procurado é de maiores de idade que possuem doenças crônicas (diabetes, hipertensão etc.), tenham recebido diagnóstico positivo para o coronavírus nos últimos três dias e apresentam, ao menos, um sintoma. A sede da Pesquisare fica na Avenida Dom Pedro II, número 125, no Bairro Jardim.

A clínica geral e nefrologista Rita Pellegrini, pesquisadora do novo medicamento, afirma que o estudo começou em países como Japão, Coréia do Sul e Vietnã. A primeira fase é feita com “cobaias”. A segunda etapa dos testes é realizada com um grupo pequeno de pessoas. Já a terceira fase, que é a atual, contempla uma população maior. Agora, o objetivo é testar 2.000 pessoas no mundo. As pesquisas para implementação desse remédio estão sendo realizadas em 20 países.

As inscrições podem ser feitas presencialmente de segunda, quarta e quinta-feira, das 8h às 11h30, na clínica da Pesquisare em Santo André, por telefone (11 97823-9025 ou 11 4432-2953), e-mail (contato@pesquisare.com.br) ou formulário no site (https://pesquisare.com.br/tratamento-covid/).

“O objetivo dessa pesquisa é o estudo clínico para uma medicação nova para Covid-19 na tentativa de diminuir a replicação viral de modo que encurte o tempo de doença na fase aguda e que ela não progrida para fases inflamatórias mais graves. Os estudos prévios mostram que o medicamento foi bem tolerado pelos pacientes e não foram registrados efeitos graves ou mortes”, declara Rita. 

De acordo com ela, nesse momento as pesquisas visam avaliar melhor os benefícios e riscos, ratificar segurança e mensurar doses. 

“O estudo não é só no Grande ABC. A pesquisa clínica trava avaliar melhores resultados do remédio para que, no futuro, possa entrar no arsenal terapêutico. Depois que a pesquisa é finalizada, ele precisa passar nos órgãos regulatórios do Ministério da Saúde. No caso do Brasil, é a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Só após essa aprovação que o remédio pode ser comercializado”, pontua a pesquisadora.

O estudo tem duração de 24 semanas. Nesse período, os participantes são submetidos a oito consultas presenciais ou virtuais para monitorar os resultados bioquímicos e fazem exames para atestar a negativação do vírus SARS-CoV-2. “A Covid ainda é uma doença nova. Observamos que, de tempos em tempos, vem novas cepas do vírus e para tanto a gente precisa de um arsenal terapêutico para combater e diminuir a contaminação para que seja uma doença com menos morbidade.”

No Brasil, 705.313 pessoas morreram pela doença e já houve 37.771.706 casos confirmados desde a primeira notificação da doença no País, em 26 de fevereiro de 2020. Apenas em São Paulo, foram 6.662.825 casos e 181.094 óbitos.

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