Vereador cassado por racismo em São Paulo

O placar foi de 47 votos pela perda do mandato e 5 abstenções. Nenhum vereador votou "não", ou seja, contra a cassação.

O vereador Camilo Cristófaro Foto: Camila Quaresma/g1

SÃO PAULO — O vereador Camilo Cristófaro (Avante), teve o mandato cassado nesta terça-feira (19), pela Câmara Municipal de São Paulo, por quebra de decoro parlamentar, no episódio em que teve um áudio vazado no plenário da Casa usando uma frase tida como racista.

 O placar foi de 47 votos pela perda do mandato e 5 abstenções. Nenhum vereador votou “não”, ou seja, contra a cassação. É a primeira vez que um vereador perde mandato por racismo na cidade de São Paulo.

Conforme o g1, a Câmara é formada por 55 vereadores. Nem Cristófaro nem a vereadora Luana Alves (PSOL), que representa a acusação, votaram no julgamento. Uma vereadora, Ely Teruel (Podemos), não compareceu.

Antes do julgamento, houve protesto nos arredores da Casa pela cassação do vereador. Uma multidão de manifestantes gritava “fora Camilo, fora racista”, no ritmo de duas baterias. Embaixo de uma árvore, havia uma roda de capoeira com direito a berimbau.

Histórico

Cristófaro é o primeiro vereador cassado na Câmara Municipal em 24 anos. Desde 1999, época do escândalo que ficou conhecido como Máfia dos Fiscais, o Legislativo paulistano não tem um vereador cassado.

Naquele ano, os vereadores Vicente Viscome e Maeli Vergniano foram acusados de cobrar propina de ambulantes e comerciantes nas antigas administrações regionais (as atuais subprefeituras) e perderam seus mandatos.

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