Tarcísio de Freitas afirma que não teria problemas em se relacionar com Lula

Ex-ministro do presidente Jair Bolsonaro (PL) disse que são dois titãs se enfrentando em uma eleição, com a disputa dos dois maiores líderes.

Tarcísio de Freitas afirma que não teria problemas em se relacionar com Lula. Foto: Reprodução / Poder 360
Tarcísio de Freitas afirma que não teria problemas em se relacionar com Lula. Foto: Reprodução / Poder 360

SÃO PAULO – O pré-candidato ao governo de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmou na quarta-feira (1º) que não teria problemas em se relacionar com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) caso ele seja eleito e destacou a relevância política do petista e sua “conexão com o povo”.


 Ex-ministro do presidente Jair Bolsonaro (PL) disse que são dois titãs se enfrentando em uma eleição, com a disputa dos dois maiores líderes políticos da história recente do Brasil. “Algo que nós nunca passamos. Um ex-presidente [Lula], um atual presidente [Bolsonaro]. Duas pessoas que têm conexão direta com o povo”, afirmou.
 

Segundo Tarcísio, deixou claro que obviamente vai ter uma reprodução dessa polarização em todas as instâncias, inclusive na eleição ao governo paulista. “Mas, passada a eleição, acabou. E aí precisa governar para todos”, disse o ex-ministro da Infraestrutura, que participou de debate na sede do Sindhosp (sindicato patronal do setor privado de saúde). 

Um levantamento realizado pelo Paraná Pesquisas entre 22 e 26 de maio, o ex-prefeito Fernando Haddad (PT) lidera a corrida eleitoral no Estado de São Paulo, com 28,6%. Em seguida, os pré-candidatos Tarcísio de Freitas (Republicanos) e Márcio França (PSB) aparecem empatados com 17,9% e 17,7%, respectivamente. 

Na última segunda (30), Tarcísio reforçou que não haverá “nenhum tipo de golpismo, fala golpista, risco de golpe” por parte de Bolsonaro -apesar de repetidas insinuações golpistas feitas pelo mandatário.
 

Na quarta-feira (1º), Tarcísio disse que, caso seja eleito, considera levar a sede do Executivo estadual do Morumbi para o centro da capital paulista. “É uma possibilidade concreta, porque beneficia o centro todo se o centro do poder estiver lá”, afirmou.
 

De acordo com o pré-candidato, a alocação de sedes administrativas do governo para o centro de São Paulo seria uma das soluções para revitalizar a região e até acabar com a cracolândia. Ações policiais que tiveram início no último dia 11 na praça Princesa Isabel, no centro da cidade, espalharam os usuários de drogas pelas ruas da região e paralisaram o mercado imobiliário nos bairros de Campos Elíseos e Santa Cecília.
 

“A cracolândia só vai acabar no dia em que as pessoas estiverem circulando no centro”, disse Tarcísio.
 

Além de destacar a relevância política tanto de Lula como de Bolsonaro, Tarcísio voltou a defender a vacinação em massa, adotando um discurso diferente do pregado pelo presidente.
 

Com a retomada do crescimento de casos de Covid-19, ele afirmou que a situação demanda vigilância permanente e se disse a favor da imunização de cidadãos de todas as idades, além do uso de máscaras.
 

“O fato de a gente ter tido uma vacinação em massa que proporcionou uma redução de casos não significa que a gente possa baixar a guarda”, defende. “O que tiver de medida a ser tomada para atenuar um surto e não pressionar sistemas de saúde tem que ser feito.”

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