Caso de Santo André: Lindemberg Alves, condenado pelo caso Eloá, solicita redução de pena baseada em curso na prisão
Crime que ocorreu em Santo André abalou todo o país há 16 anos
SANTO ANDRÉ – Já se passaram 16 anos desde que Lindemberg Alves, hoje condenado a 39 anos de prisão, assasinou sua ex-namorada Eloá Pimentel em Santo André. Agora, o condenado apresentou um pedido à Justiça visando uma redução de sua pena.
O requerimento baseia-se em sua participação em um programa de empreendedorismo enquanto cumpre sua sentença na Penitenciária 2 de Tremembé. Embora o pedido tenha sido formalizado pelo seu advogado no final de fevereiro, aguarda ainda uma análise judicial.
O detento almeja diminuir 109 dias de sua sentença, alegando dois dias de redução por ter concluído um curso de empreendedorismo oferecido pelo Sebrae em 2022 e outros 107 dias pelos serviços prestados na prisão durante o período de 2021 a 2024. Conforme as normativas brasileiras, os detentos podem reduzir um dia de pena a cada três dias de trabalho dentro do sistema prisional.
O desfecho trágico do caso, que ganhou projeção nacional, ocorreu em 17 de outubro de 2008, quando a polícia interveio no apartamento onde Lindemberg mantinha Eloá e sua amiga Nayara Rodrigues como reféns. Durante a operação de resgate, Lindemberg atirou nas duas jovens, resultando na morte de Eloá e deixando Nayara ferida.
O crime que abalou a comunidade de Santo André e suscitou debates sobre segurança pública e violência contra a mulher, teve início com a invasão de Lindemberg ao apartamento de Eloá. Ao longo de cinco dias, Eloá e Nayara foram submetidas a ameaças e pressões. Embora seus amigos tenham sido libertados, Nayara foi forçada a permanecer no cativeiro por ordens policiais.
O pedido de redução de pena por parte de Lindemberg Alves reabre discussões sobre a eficácia do sistema carcerário e a justiça para as vítimas de crimes tão violentos.