Balões de grande porte caem e causam incêndios em Santo André e capital
Apesar da ausência de vítimas registradas, residências nas proximidades ficaram sem energia elétrica. O fogo foi controlado pelos bombeiros.
SANTO ANDRÉ – No período entre o último domingo, (21), e esta segunda-feira, (22), a queda de balões causou grande tumulto e prejuízos em São Paulo. Colocando em risco a segurança da população.
Na rua Barão do Rio Branco, na Vila Alzira, em Santo André, um balão de grande porte caiu sobre residências na tarde de domingo.
Em imagens capturadas por um internauta, é possível ver o balão se elevando novamente e eventualmente incendiando-se. Resultando no contato com a fiação elétrica. Na mesma noite, mais tarde, avistaram outro balão de grande porte circulando pela cidade.
Ao mesmo tempo, durante a madrugada de segunda-feira, moradores da Rua Alto Belo, em Aricanduva, Zona Leste de São Paulo. Enfrentaram um grande susto e prejuízos consideráveis quando um balão de aproximadamente 75 metros pegou fogo e causou danos a imóveis, incluindo uma creche.
De acordo com comunicado à imprensa, anteriormente o balão havia passado por Itaquera, onde arrastou e virou um carro na Rua Jaguaruna. Além de içar uma moto até a fiação elétrica de um poste na Avenida Pires do Rio.
Em princípio, a Secretaria de Segurança Pública Estadual enfatizou que a soltura de balões pode resultar em danos irreversíveis para famílias e para o meio ambiente, incluindo incêndios. Os artefatos são fabricados com material altamente inflamável, resultando em danos estruturais e outras consequências graves.
“A prática é considerada crime desde 1998, conforme a Lei nº 9.605, com pena de 1 a 3 anos de prisão, além de multa mínima de R$ 10 mil”. Afirmou o comunicado publicado nesta segunda-feira.
A saber, o delegado João Blasi, da Divisão de Investigações sobre Infrações contra o Meio Ambiente, declarou que a Polícia Civil já realizou diversas operações contra essa prática, que tende a aumentar nos meses de junho e julho, devido às comemorações do dia de São João.
“Quem solta esses balões não tem noção das consequências que podem ocorrer”, destacou Blasi, alertando para os riscos também à aviação. “Imagine um piloto decolando e de repente se deparando com um desses artefatos. Isso se torna um momento de extrema tensão”.
A Polícia Militar Ambiental tem intensificado o combate a esse tipo de crime. Apenas na sexta-feira, 19, as equipes fecharam 12 fábricas clandestinas de balões durante a Operação Guardião das Florestas.