Ambulante senegalês morre após confusão com PM no Centro de SP
A gravação também mostra que o vendedor ainda correu dos policiais e tentou proteger a mercadoria novamente.

SÃO PAULO – Um ambulante senegalês morreu após ser baleado durante uma confusão com a Polícia Militar em uma abordagem na tarde de sexta-feira (11), na Rua Joaquim Nabuco, no Brás, Centro da capital paulista.
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Após a morte, comerciantes fizeram manifestação e foram dispersados com bombas de gás de pimenta. Conforme o g1, o ambulante tentou impedir os policiais de levarem um carrinho com mercadorias.
Nas imagens, é possível ver que um dos policiais o agrediu com cassetete e ele reagiu com uma barra de ferro. Na sequência, um policial apontou uma arma de fogo na direção do ambulante. No vídeo, é possível ouvir barulho semelhante a um disparo.
A gravação também mostra que o vendedor ainda correu dos policiais e tentou proteger a mercadoria novamente. Um primo do vendedor informou que Ngange Mbaye estava almoçando, quando viu a PM e equipes da prefeitura recolhendo mercadorias de uma idosa.
Ele entrou em confronto com os agentes, quando acabou sendo atingido por um disparo.”Ele não trabalhou hoje, estava aqui do lado almoçando. A polícia pegou [mercadoria] de uma senhora colega dele que trabalha aqui e aí ele foi ajudar a senhora pra não perder mercadoria. Tinha confusão e o policial matou ele”, afirmou Mamadou Tiam.
De acordo com a Polícia Militar, equipes apoiavam a prefeitura na fiscalização dos ambulantes, e o senegalês agrediu um PM com uma barra de ferro. Na sequência, o vendedor foi baleado.
Ngange Mbaye foi socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e levado para a Santa Casa, mas não resistiu aos ferimentos.
Em nota, a Secretaria da Segurança Pública disse que a Polícia Militar instaurou inquérito e afastou das atividades operacionais o agente envolvido na morte do ambulante. A barra utilizada na agressão foi apreendida, assim como a arma do agente.
A ocorrência foi registrada no 8º Distrito Policial como morte decorrente de intervenção policial e tentativa de homicídio. O caso será investigado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).