Bolsonaro pede anistia e ataca governo Lula em ato no Rio de Janeiro

O número representa pouco mais da metade dos quase 33 mil manifestantes que foram a outro ato convocado pelo político, em abril de 2024.

 Bolsonaro . Foto: Betinho Casas Novas / TV Globo

RIO DE JANEIRO — Em um ato realizado na manhã deste domingo (16), na praia de Copacabana, na zona sul do Rio de Janeiro, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pediu anistia e atacou o presidente Lula (PT).

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A manifestação reuniu cerca de 18,3 mil pessoas, segundo dados do Monitor do Debate Público do Meio Digital, do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap), em parceria com a ONG More in Common. O número representa pouco mais da metade dos quase 33 mil manifestantes que foram a outro ato convocado pelo político, no mesmo local, em abril de 2024.

O grupo estima que o evento reuniu 18,3 mil no seu momento de pico, às 12h (de Brasília). O número é gerado a partir de fotos aéreas analisadas com software de inteligência artificial. Conforme o Uol, imagens da praia de Copacabana foram capturadas em diferentes horários na manhã de hoje: 10h, 10h40, 11h30 e 12h — totalizando 66 fotos. O grupo selecionou seis fotos tiradas às 12h, momento de maior pico na manifestação.

As imagens cobriam toda a extensão do ato, sem sobreposição, segundo informou os pesquisadores. No método para o cálculo, um drone tira fotos aéreas da multidão e o software analisa essas imagens para identificar e marcar automaticamente as cabeças das pessoas. Usando inteligência artificial, o sistema localiza cada indivíduo e conta quantos pontos aparecem na imagem. Esse processo garante uma contagem precisa, mesmo em áreas densas.

Bolsonaro discursou por volta das 11h30, momento em que pediu anistia para os presos pelos atos golpistas. Ele criticou a gestão do presidente Lula, fazendo comparações com o seu governo.

“Eu jamais esperava um dia estar lutando por anistia de pessoas de bem, de pessoas que não cometeram nenhum ato de maldade, que não tinham intenção, e nem poder pra fazer aquilo que estão sendo acusados”, disse o ex-presidente. Ele mencionou o nome de algumas das mulheres condenadas e questionou os crimes imputados a elas. “Quem foi a liderança dessas pessoas? Não tiveram. Foram atraídas pra uma armadilha.”

Tarcísio de Freitas também pediu anistia. “A gente tá aqui no dia de hoje pra lutar pela liberdade. A gente está aqui pra exigir a anistia daqueles inocentes que receberam penas desarrazoadas.” Ele citou alguns dos nomes dos condenados e disse que eles nada fizeram. “Nós vamos garantir que esse projeto seja pautado, seja aprovado. E quero ver quem vai ter coragem de se opor”, disse Freitas.

O ato é visto como uma tentativa de pressionar o Congresso para que o projeto de anistia seja aprovado na Câmara e no Senado. No carro de som, os manifestantes também pediram a saída do presidente Lula e a volta de Jair Bolsonaro ao poder. O ex-presidente foi condenado em 2 processos na justiça eleitoral e está inelegível até 2030.

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