Câmara aprova remanejamento de cargos comissionados e o concurso para Universidade de São Caetano do Sul
texto prevê a extinção de 25 cargos comissionados, sendo que alguns estão em vacância, enquanto cria outras 28 de livre nomeação
SÃO CAETANO – A Câmara de Vereadores de São Caetano aprovaram, após duas sessões nesta terça-feira (7), à proposta de reorganização do quadro de funcionários da Universidade de São Caetano do Sul (USCS), enviada pelo prefeito José Auricchio Júnior (PSDB).
O projeto prevê a criação e remanejamento de cargos comissionados e a contratação de futuros 36 servidores por meio de concurso público.
A redação teve 15 votos favoráveis, duas abstenções por meio dos vereadores César Oliva (PSD) e Bruna Biondi (Psol), e um voto contrário de Edison Parra (Podemos). O texto prevê a extinção de 25 cargos comissionados, sendo que alguns estão em vacância, enquanto cria outras 28 de livre nomeação, a disposição do reitor da universidade, Leandro Prearo.
Com os vencimentos, 13º salário e férias (um terço da remuneração), a soma da folha de pagamento chegará a R$ 4.480.133,33. Na lista, estão funções de oito assessores gerais da reitoria (R$ 6.800,00 cada), além de outras 13 funções com contracheque unitário de R$ 12.000,00, além de seis diretores e um chefe de Gabinete do reitor, que ganharão mensalmente R$ 18.000,00. Já os cargos estatutários, que precisam passar por processo seletivo, somarão R$ 2.012.165,41 na folha de pagamento anualmente.
Os vereadores governistas defenderam a autonomia da USCS ao apreciar o projeto e que o quadro funcional da instituição precisa acompanhar a demanda de alunos. “É uma necessidade, porque a universidade cresceu e o Imes (Instituto Municipal de Ensino Superior) tinha 1 mil alunos e hoje somos mais de 10 mil estudantes. Como vão administrar com o mesmo quadro? E é preciso remunerar bem, porque se isso não ocorrer, teremos profissionais medianos. E a USCS gera recursos para custear isso”, defendeu o líder de governo, Gilberto Costa (Avante).
Entre as abstenções e votos contrários, houve constatações de que o projeto é dúbio, pelas discrepâncias salariais entre novos concursados e comissionados. “O governo (municipal) alegou redução de custo para sair do Consórcio (Intermunicipal Grande ABC) e contingenciaria os gastos em R$ 80 milhões. Mas depois disso, enviou um projeto que transformava uma secretaria em duas e criando mais R$ 3 milhões em custos anuais (aos cofres públicos). Então hoje voto contra esse projeto, porque cria 28 cargos, de livre nomeação e de uso político”, disse Parra.