Diadema pode ser escola modelo para projeto nacional de educação em tempo integral

"Aqui houve a curricularização das atividades, há a intencionalidade pedagógica e certamente vai nos ajudar a nos inspirar para que seja modelado um padrão nacional”, afirmou a coordenadora do MEC.

A coordenadora visitou o Mais Educação da Emeb Marieta de Freitas Martins, durante atividade do macrocampo meio ambiente nas dependências da Unifesp. (Foto | Reprodução)

DIADEMA – A coordenadora geral de Educação em Tempo Integral da diretoria de Políticas e Diretrizes de Educação Básica Integral do Ministério da Educação, Raquel Franzim, esteve em Diadema para visitar uma escola e conhecer o programa Mais Educação, nesta terça-feira (21).

O novo programa ampliou a permanência dos estudantes de 1º, 2º e 3º ano do ensino fundamental na escola, com um projeto pedagógico estruturado em quatro eixos: letramento e matemática, cultura, meio ambiente e esporte e lazer. Em 2023, serão atendidas 4.700 crianças.

Pela manhã esteve com estudantes do Mais Educação da Emeb Marieta de Freitas Martins, durante atividade do macrocampo meio ambiente nas dependências da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), umas das instituições parceiras do programa. Na Unifesp, conversou com os estagiários que atuam como educadores do programa para os estudantes da unidade escolar, supervisionados pela articuladora Rosemeire Ribas.

Na Emeb Marieta de Freitas Martins, recepcionada pela diretora Nair Escobar Gomes e pela equipe gestora, Raquel conheceu as instalações, as salas onde são realizadas as aulas do Grupo de Recomposição de Aprendizagem (GRA), uma das estratégias para recompor o aprendizado prejudicado durante a pandemia de Covid-19. Conheceu as instalações da horta e o baú de tesouros do programa Diadema de Dandara e Piatã, que promove o ensino de história e cultura afro-brasileira e indígena nas escolas.

Na parte da tarde, em visita ao Centro de Formação Professora Lisete Arelaro e à sede da Secretaria de Educação, assistiu uma apresentação conceitual sobre o programa Mais Educação e também sobre o programa Adolescente Aprendiz, que atende 800 adolescentes de 14 a 17 anos com atividades no contraturno escolar que incluem mentorias e aprendizado em diferentes eixos, como saúde, étnico-racial, cidadania, educação para o mercado de trabalho, arte e cultura, entre outras áreas.

A secretária de Educação de Diadema, Ana Lucia Sanches, lembrou que o Mais Educação começou na cidade em 2008, como um programa do governo federal, mas que acabou sendo descontinuado. Em 2021, quando o prefeito José de Filippi Junior assumiu a prefeitura, o programa foi refeito com recursos municipais. “Nós trabalhamos pelo acesso, permanência dos estudantes nas escolas e pela qualidade material e pedagógica desse aprendizado”, citou Ana Lucia.

A coordenadora destacou que o maior número possível de experiências de educação integral que já estão em curso no país serão conhecidas, seja in loco, seja por apresentações remotas, para que sejam apresentadas ao ministro da Educação, Camilo Santana, a fim de criar um modelo nacional que possa ser fomentado e financiado pelo governo federal.

“A gente vê aqui em Diadema que foi superado o desafio, que é nacional, da lógica de aumentar o tempo na escola por aumentar”, citou. “Aqui houve a curricularização das atividades, há a intencionalidade pedagógica e certamente vai nos ajudar a nos inspirar para que seja modelado um padrão nacional”, concluiu.

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