“Encontramos uma verdadeira desordem administrativa com desperdício de recursos”, diz Adler Kiko secretário de Administração de Diadema

Kiko disse que o prefeito Taka, identificou incongruências nas horas extras realizada na gestão do então prefeito Filippi.

Adler Kiko. Foto: reprodução Diário do Grande ABC
Adler Kiko. Foto: reprodução Diário do Grande ABC

DIADEMA – O secretário de Administração e Gestão de Pessoas de Diadema, no Grande ABC, Adler Kiko Teixeira, disse que o prefeito Taka Yamauchi (MDB), com menos de 30 dias de trabalho, identificou incongruências nas horas extras realizadas por servidores municipais de Diadema durante a gestão do então prefeito José de Filippi Júnior (PT).

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A declaração foi dada durante entrevista ao Diário do Grande ABC. Ele disse que foi encontrada uma verdadeira desordem administrativa com desperdício de recursos materiais e humanos. Durante a compilação de dados para o fechamento dos contracheques a serem pagos em janeiro, segundo o secretário, chamou a atenção o número elevado de horas extras.

“Servidores com salário-base de R$ 2.500 recebendo R$ 10 mil brutos no mês”, espantou-se Kiko. A discrepância nos vencimentos de grande monta, de acordo com o governo, pode ter contribuído para o comprometimento das finanças municipais. A Prefeitura divulgou no início da semana que acumula dívidas herdadas de R$ 2,5 bilhões, mas que o montante pode chegar a R$ 4,2 bilhões.

O secretário, no entanto, não se aprofundou em detalhar valores e quantas pessoas fizeram horas extras sem real necessidade. “São casos absurdos. Estamos levantando tudo isso, mas há distorções claras. Faremos uma auditoria para ter uma posição fidedigna”, limitou-se a dizer.

Kiko, porém, admitiu que será um trabalho árduo diante da “precariedade das informações”. “As horas extras foram ofertadas informalmente, o que torna difícil a busca por dados”, completou.

O secretário destacou ainda que não acabará com o trabalho excedente, mas que será realizado apenas quando estritamente necessário, com limite de horas e devidamente autorizado pelos secretários.

Kiko Teixeira apontou outros diversos problemas por falta de gestão administrativa e desleixo com a coisa pública. “Encontramos espaço estrutural desorganizado e sujo, com uma qualidade precária para atuação dos nossos servidores.”

A falta de controle por parte de alguns gestores na fiscalização do servidores durante o expediente, segundo Kiko, levou à precarização do controle das jornadas pelo governo de Filippi. O vínculo presencial foi perdido e muitos funcionários ficaram sem aparecer nos respectivos departamentos.

No período da pandemia de Covid-19, todas as prefeituras editaram decretos para que as secretarias permitissem aos servidores o trabalho remoto, porém, segundo Kiko, após a normalização da situação sanitária, Diadema não disciplinou o home office e muitos servidores que deveriam voltar para os escritórios não retornaram. “Era algo sem controle e sem cobrança dos secretários, uma vez que o assunto era tratado pelos gestores informalmente, de boca”, ilustrou o titular da Pasta.

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