Escola de São Bernardo é alertada sobre extintores
Para o professor, outra questão envolve as obras em andamento durante o período escolar.
SÃO BERNARDO – A Escola Estadual (E.E.) Doutor Francisco Emygdio Pereira Neto, no Jardim das Acacias, em São Bernardo, foi notificada por professor sobre a falta de cuidado com os extintores de incêndio do local. Segundo relato do docente, uma aluna do 3º ano do Ensino Médio teve o rosto e cabelos empesteados pelo pó químico do extintor no dia 15 de setembro. O caso aconteceu em sala de aula e o item não tinha trava de segurança.
“Um estudante apertou o extintor em direção a aluna. Não tinha trava. Então, o pó foi para o rosto dela. Mandei lavar o mais rápido possível, os encaminhei para a direção para que fossem tomadas as providências e alertei a escola sobre os extintores, que estão em locais inapropriados e não estão com as normas em dia”, comunicou professor que preferiu não ser identificado, ao site Diário.
Após mais de uma semana do caso, ele informa que nenhuma mudança foi realizada. “Notifiquei verbalmente e depois formalizei para a direção. Não tive retorno. Está na pasta de ocorrências da escola e na ouvidoria da Seduc (Secretaria da Educação do Estado de São Paulo). É meu papel como cidadão avisar para poder prevenir fatalidades, como a que tivemos na Escola Municipal de Educação Básica Lauro Gomes”, declara o professor.
Em relação aos extintores, há problemas na localização deles, sinalização e lacres. “Existem normas técnicas sobre a colocação deles em espaços públicos e privados. Um aluno conseguiu utilizar. Eu vi que estava sem trava. Essa fiscalização não cabe aos docentes.”
Para o professor, outra questão envolve as obras em andamento durante o período escolar. “A presença de obras pode obstruir rotas de evacuação, dificultar o acesso dos bombeiros em caso de emergência e aumentar as chances de incêndios acidentais devido a materiais de construção inflamáveis”, enfatizou.
De acordo com instrução técnica número 21/2018 do Corpo de Bombeiros de São Paulo, “os extintores devem estar lacrados, com a pressão adequada e possuir selo de conformidade concedido por órgão credenciado pelo Inmetro (Sistema Brasileiro de Certificação)”.
O manual de orientação à prevenção e ao combate a incêndio nas escolas de São Paulo informa que a renovação do AVCB (Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros) e a manutenção da brigada de incêndio são de inteira responsabilidade da escola. “Cabe à direção da escola coordenar as diversas ações necessárias ao pleno funcionamento dos sistemas e instalações de proteção contra incêndio existentes na edificação. A mesma deve realizar inspeções visuais periódicas e providenciar a contratação de empresas especializadas, quando necessário, para a manutenção dos equipamentos e sistemas de proteção contra incêndio”, aponta o documento.
Em nota ao Diário, a Secretaria de Educação do Estado de São Paulo informa que “Não houve acionamento espontâneo e sim por interferência de um estudante e a coordenação da unidade imediatamente acionou os responsáveis pelos alunos envolvidos. A manutenção dos extintores da unidade foi realizada no início deste ano. A Diretoria de Ensino de São Bernardo do Campo e unidade escolar estão à disposição para mais esclarecimentos”.