Escolas de São Paulo estão voltando para o ensino remoto devido ao aumento de casos de Covid-19

Escolas de São Paulo estão optando pela suspensão das aulas das turmas que registraram caso de contaminação e voltando para o ensino remoto.

(Exame/Germano Lüders)

SÃO PAULO – Algumas escolas da capital paulista, devido o aumento nos casos de Covid, estão optando pela suspensão das aulas das turmas que registraram caso de contaminação e voltando para o ensino remoto.

Além disso, colégios particulares e da rede municipal estão de olho nessa mudança. O uso de máscaras em ambiente escolar, já foi recomendado recentemente pela prefeitura municipal.

De acordo com informações do Estadão, o estado de São Paulo registrou no período de 30 dias uma alta em 275% em casos de internação pela Covid-19, só nos hospitais privados. Nas unidades de saúde estadual e municipal, o número de internados dobraram. No entanto, mesmo com o aumento de casos, os números são bem abaixo do pico da variante Ômicron.

O Colégio Franciscano Pio XII, que fica localizado no Morumbi, comunicou que 69 alunos foram afastados no mês de maio. E de acordo com o protocolo da unidade, se houver 5 casos em uma mesma turma, todos os alunos serão afastados.

“O número de maio significa um aumento considerável quando comparado ao total de casos de janeiro a abril, em que houve a ocorrência de 44 confirmações ao longo dos quatro meses”, informou o Colégio Franciscano Pio XII.

Colégio São Francisco de Assis, entrevistado pelo Estadão, relatou que ainda não foi necessário optar pela suspensão das aulas. Já na rede municipal de ensino, a EMEF Euclides Custodio da Silveira está com uma turma afastada, e a Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Enzo Silvestrin suspendeu uma turma no mês de abril.

O médico, Marcelo Otsuka, que é o Coordenador do Comitê de Infectologia Pediátrica da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), explicou sobre o assunto: “Se há um caso índice e um segundo caso na mesma turma que pode ser relacionado a esse primeiro, o que depende do intervalo entre as infecções, já é um motivo para isso”.

O médico ressalta que é importante tomar medidas prévias para evitar este acontecimento. Além disso, ele afirma que devido a vacinação para crianças estarem paralisadas no momento, é necessário que aumente a atenção nesta situação.

Segundo documento liberado pela prefeitura municipal em março, “a partir do segundo caso de covid-19 na mesma sala de aula pode-se recomendar o afastamento por 14 dias (contados a partir da data do último contato com os casos confirmados) de todos os alunos e professores/funcionários da mesma sala de aula”

A suspensão das aulas presenciais, devido questões epidemiológicas, deve ser realizada pela Vigilância em Saúde Municipal, conforme informou a secretaria da Educação do Estado de São Paulo. Na terça-feira (31), o Comitê Científico de São Paulo recomendou o uso de máscaras em ambiente fechado. O Comitê Municipal de Enfrentamento à Covid de São Paulo decidiu acatar a recomendação, mas não tornará a medida obrigatória. Além disso, foi sugerido que as escolas públicas e privadas sigam o conselho.

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