Fundadora do Amélia Rodrigues morre aos 89 anos

Uma de suas ideias foi mobilizar centenas de empresas da cidade para auxiliar na educação de crianças pelo programa Investidor Social.

Terezinha, que também fundou o Centro Espírita Bezerra de Meneses, em 1976, era referência em ações sociais de Santo André. (Foto | Reprodução)

SANTO ANDRÉ – Fundadora da Instituição Assistencial e Educacional Amélia Rodrigues, de Santo André, Terezinha Sardano morreu nesta quarta-feira (2), aos 89 anos. Terezinha, que criou o instituto 36 anos atrás, era natural de São Caetano e tinha dois filhos, um deles o vereador Edson Sardano (PSD).

Segundo a família, Terezinha havia se afastado do comando da Instituição Amélia Rodrigues depois da pandemia de Covid-19, mas, nas últimas semanas, sua saúde ficou bastante debilitada. Ela enfrentava alguns problemas de coração e já estava sob cuidados médicos. O falecimento foi comunicado por volta das 15h30.

Terezinha, que também fundou o Centro Espírita Bezerra de Meneses, em 1976, era referência em ações sociais de Santo André. Uma de suas ideias foi mobilizar centenas de empresas da cidade para auxiliar na educação de crianças pelo programa Investidor Social.

Em entrevista ao Diário, em março de 2018, Terezinha relembrou a fundação do Amélia Rodrigues. “A instituição foi criada por um grupo de amigos que compartilhavam de um mesmo ideal. Nós somos espíritas e aprendemos na doutrina espírita que o homem consciente não pode ficar fechado, tem que divulgar os ensinamentos por meio de ações. E as ações são justamente essas: levar a
criatura a uma situação melhor do que aquela que ela se encontra de um modo geral. No caso do nosso trabalho é a situação material e educacional. E passar também para essas pessoas formas de vidas, a fim de que elas possam realmente se tornar seres humanos participativos.”

Questionada à época sobre se acreditava na transformação do Brasil por meio da educação, Terezinha foi taxativa. “Eu acredito na mudança. Se eu não acreditasse não estaria aqui. Mas, obviamente, vai depender de muita Educação e de muita vigilância na atual situação em que se encontra o nosso País com os homens de comando. É preciso que tenhamos gente honesta. A partir daí, devagar, nós vamos mudar o Brasil. Eu não vou ver, estou mais para lá do que para cá. Ainda não sei se meus filhos conseguirão ver também. Mas meu netos talvez já comecem a vislumbrar uma mudança neste País, que é tão lindo e o melhor do mundo no meu conceito.”

O corpo de Terezinha Sardano foi velado na Ossel de São Caetano, na Avenida Goiás. 

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