Grupo de 10 vereadores cria bancada independente na Câmara Municipal de Diadema
O anúncio de independência inclui o presidente da Câmara, Rodrigo Capel (PSD). O número é insuficiente para garantir a aprovação de projetos.

DIADEMA — Um grupo formado por 10 vereadores criou uma bancada independente na Câmara Municipal de Diadema, no Grande ABC. Os dez parlamentares fizeram o anúncio na quinta-feira (6), alegando que preferem criar o grupo como forma de ter uma nova linha de discussão no Legislativo.
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Dos 21 parlamentares que integram o Legislativo Diademense, apenas 6 estão na base do prefeito Taka Yamauchi (MDB). O anúncio de independência inclui o presidente da Câmara, Rodrigo Capel (PSD). O número é insuficiente para garantir a aprovação de projetos.
Com essa nova composição, o PT-Partido dos Trabalhadores, que se declara oposição, ocupa cinco cadeiras no Legislativo. Liderado por Capel, o novo bloco inclui outros oito vereadores eleitos na chapa encabeçada pelo ex-prefeito José de Filippi Júnior (PT) na eleição municipal do ano passado.
Conforme o Repórter Diário, os parlamentares são Dequinha (PSD), Lucas Almeida, Laureto do Água Santa, Gilson Moura (União Brasil), Talabi , Zé do Bloco (PV), Cicinho e Jerry Bolsas (PSB).
O grupo é completado por Boquinha (Republicanos), que integrou a aliança do então candidato a prefeito Gesiel Duarte (Republicanos).
Capel afirmou que adotará uma postura mais crítica em relação ao governo neste início de legislatura. “Esses 10 vereadores se reuniram e formaremos uma posição muito mais independente em relação ao Executivo, muito mais crítica, até para que possamos compreender qual caminho o governo seguirá nos próximos meses. Pelo zelo à população, tomaremos essa postura”, pontuou.
Um exemplo citado por Capel foi o anúncio feito pelo próprio Taka no fim de janeiro sobre a situação financeira da Prefeitura. Acompanhado pelo secretário de Finanças, José Luiz Gavinelli. Taka disse que o governo enfrenta dívidas que podem chegar a R$ 4,2 bilhões, das quais R$ 2,5 bilhões já estariam consolidados. Ele também destacou que o orçamento previsto para este ano é de R$ 1,3 bilhão, em vez dos R$ 2,9 bilhões aprovados pelos vereadores no ano passado.
Segundo Capel, o governo ainda não tomou a iniciativa de prestar esclarecimentos ao Legislativo. “Sobre as dívidas que ele (Taka) menciona, a Câmara até hoje não recebeu nenhum documento oficial que detalhasse esses valores. O papel desse grupo será solicitar esses documentos para termos acesso a essas informações, pois muitas questões são divulgadas na internet e nas redes sociais, e ficamos sem respaldo”, disse.
De acordo com os vereadores do bloco, passados 37 dias desde a posse do novo governo, não houve diálogo por parte de Taka para a construção de uma base governista no plenário. Por essa razão, a base aliada se restringe a Cabo Angelo e Fernanda Durães (MDB); Companheiro Sérgio e Juninho do Chicão (PP); Márcio Júnior (Podemos) e Ronaldo Meira (Solidariedade).