Justiça condena sequestrador de Marcelinho Carioca a 32 anos de prisão
O crime ocorreu na madrugada de 17 de dezembro de 2023, em Itaquaquecetuba, quando Marcelinho e Taís conversavam na Mercedes-Benz.
SÃO PAULO — Matheus Eduardo Cândido Costa, de 24 anos, foi condenado a uma pena de 32 anos, cinco meses e dez dias de prisão pelo sequestro do ex-jogador Marcelinho Carioca e de Taís Moreira, amiga do ex-atleta do Corinthians.
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O crime ocorreu na madrugada de 17 de dezembro de 2023, em Itaquaquecetuba, quando Marcelinho e Taís conversavam na Mercedes-Benz do ex-jogador, que saíra de um show na Neo Química Arena, em Itaquera.
O acusado negou o crime à Justiça, mas suas digitais foram encontradas pela polícia técnico-científica, de acordo com a sentença do juiz Sérgio Cedano. Marcelinho, que não conseguiu reconhecer o acusado, disse à polícia que três homens armados os renderam e os levaram encapuzados para um cativeiro, após rodarem por cerca de uma hora.
Carioca disse ter recebido coronhadas na cabeça e no rosto, no cativeiro, um cortiço, os sequestradores estavam bem agitados e somente após algum tempo ele foi reconhecido. Ele afirmou ter ouvido, em determinado momento, um criminoso dizer: “Caralho, olha lá quem é, fodeu. É o cara, é o Marcelinho”. Nesse momento, lhe ofereceram água e comida.
Na manhã seguinte, ao perceberem que a polícia estava circulando pela região, os criminosos, em uma tentativa de despiste, o obrigaram a gravar um vídeo falando que havia sido sequestrado após sair com uma mulher casada. No ano passado, outros seis denunciados já haviam sido condenados.
Caio Pereira da Silva e Jones Ferreira, que, segundo a polícia, renderam Marcelinho e Taís e os levaram para o cativeiro, receberam, respectivamente, uma pena de 28 anos e cinco meses e 24 anos e quatro meses de prisão.
Segundo o Uol,Thauannata Lopes dos Santos e Camily Novais da Silva, que seriam as responsáveis por procurar amigos e familiares das vítimas para a extorsão, receberam uma punição de 21 anos e quatro meses de prisão. Wadson Fernandes Santos e Eliane Amorim, que teriam fornecido as contas bancárias para o recebimento dos pagamentos, sacado e transferido o dinheiro, foram condenados a 24 anos e 4 meses de prisão.
Matheus, apontado como a terceira pessoa que rendeu Marcelinho e Taís na Mercedes, estava foragido à época do primeiro julgamento, e o seu processo foi desmembrado. Ele ainda pode recorrer.
Na defesa apresentada à Justiça, ele afirmou ter sido denunciado por uma única impressão digital achada no vidro traseiro do automóvel. “Caso o acusado tivesse efetivamente participado dos crimes, constariam mais impressões digitais no veículo, até mesmo pelo tempo em que as vítimas ficaram com os roubadores”, afirmou sua defesa no processo.