Mãe denuncia escola particular em SP por omissão em casos de racismo contra filho adolescente

A mãe do adolescente, disse que, no último dia (9), o filho estava em sala de aula quando outro aluno apontou para a figura de um macaco.

SÃO PAULO — Um colégio particular foi denunciado pela mãe de um adolescente de 15 anos, por se omitir diante de casos de racismo sofridos pelo filho. O adolescente cursa o 8º ano do ensino fundamental no Colégio Ábaco, localizado na Perdizes, Zona Oeste de São Paulo.

Fernanda Santos, mãe do adolescente, disse que, no último dia 9 de outubro, o filho estava em sala de aula quando outro aluno apontou para a figura de um macaco e disse que era o garoto. Em outra ocasião, durante uma aula de história, o mesmo menino, de 13 anos, chamou a vítima de “escravo” e “preto adotado”.

Fernanda disse ao g1, que participou de uma reunião com integrantes do colégio na segunda-feira (16). Em nota, a escola informou repudia discriminações de qualquer tipo e que, durante o encontro, “foram definidas e acordadas as ações educativas, que atualmente estão em andamento”.

“Tentaram culpar meu filho o tempo todo, dizendo que ele xingou a mãe do outro aluno, dizendo que ele precisa de acompanhamento psicológico. Não foi fácil de lidar”, afirmou a diretora de tecnologia.

A família informou que registrou boletim de ocorrência por injúria racial, além disso, informou que a escola não comunicou os responsáveis do adolescente agressor. “Ficamos sabendo porque [nosso filho], ao chegar em casa, falou que tinha sofrido racismo na escola.”

No BO, o delegado de polícia do 23º Distrito Policial de Perdizes afirmou que, com a análise das informações dadas pela mãe, “conclui-se que o caso tem feições” do crime descrito.

O que diz o Colégio Ábaco

O Diretor do Colégio Ábaco – Unidade Sumaré, Sr. Marcus Vinícius Russo Loures, com sede na Avenida Dr. Arnaldo nº 1793, Bairro Sumaré – São Paulo – Capital, vem através do presente informar que essa Instituição de Ensino tem como um de seus princípios, a dignidade humana, que implica o respeito aos direitos humanos, repúdio à discriminação de qualquer tipo, acesso a condições de vida digna e respeito nas relações interpessoais.

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