Motoristas de ônibus recebem aumento salarial de 7% na Grande ABC
O ajuste já será valido para o contracheque relativo ao mês de maio.
GRANDE ABC – Trabalhadores do transporte coletivo urbano na região vão ter reajuste salarial de 7%, aplicados a motoristas de ônibus convencionais e de vans, além de cobradores, e de 10% aos condutores de ônibus midi. O aumento proposto pelos empresários, aprovado em assembleia organizada pelo (Sindicato dos Rodoviários do Grande ABC), passa a vigorar já no contracheque relativo ao mês de maio.
O aumento beneficia cerca de 9.000 funcionários de 11 grupos empresariais que atuam no transporte urbano das sete cidades. Presidente do Sintetra, Leandro Mendes da Silva classificou como “muito bom” o acordo fechado entre patrões e empregados.
“A gente pegou 3,2 (pontos percentuais) de aumento real. É uma coisa que é muito difícil um aumento real neste número. Vejo como muito bom. Número expressivo”, disse Silva à reportagem do site Diário. O sindicalista também destacou outros benefícios aos trabalhadores na negociação.
O vale-alimentação dos funcionários será reajustado em 7,1%, para R$ 800,09, sendo que o mesmo valor será pago durante o mês de férias.
A participação nos lucros e resultados para os motoristas que dirigem e cobram será de R$ 3.009,81, pagos em quatro parcelas (30 de setembro, 31 de outubro, 28 de fevereiro de 2024 e 31 de março – as duas últimas sujeitas ao cumprimento de alguns critérios).
Já a PLR para motoristas, cobradores e pessoal da manutenção será de R$ 1.050, divididos em duas parcelas (30 de setembro e 31 de março do ano que vem).
O presidente do Sintetra disse que os trabalhadores compreenderam o momento macroeconômico do Brasil ao aceitarem, em assembleia realizada na quarta-feira, a proposta salarial encaminhada pelos patrões.
“Greve é ruim para o patrão e ruim para nós também. Porque a gente cai na mão de um juiz e o juiz pode dar tudo como pode dar só o INPC. Então, neste momento, decidimos defender a proposta dos empresários do que ir para uma greve. Foi uma data-base ótima. Durante os três últimos anos, em que tivemos a pandemia, essa foi uma das melhores”, declarou Silva.