Motoristas de Uber ilegais disfarçados roubam corridas em aeroporto da capital paulista
Os carros de aplicativo demoram um pouco mais a chegar, ocasião em que o transporte clandestino e ilegal entra em ação.
SÃO PAULO – Pescar passageiros nos aeroportos de Congonhas e Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo, é a nova febre do momento dos motoristas de aplicativos. Ao desembarcar, o usuário recebe a oferta de “Uber” sem a necessidade de espera.
A prática vem ganhando espaço, principalmente em horários de rush, quando os carros de aplicativo demoram um pouco mais a chegar, mas na verdade trata-se de transporte clandestino e ilegal, conforme uma reportagem publicada pelo Uol.
os motoristas atuam sem qualquer registro nos órgãos competentes, contudo, não é crime, mas é ilegal. O advogado Marco Vieira, Conselheiro Estadual do Cetran e membro da Câmara temática de Esforço Legal do Contran, explica que a utilização desse tipo de transporte, sem solicitação pelos aplicativos disponíveis ou intermediado por uma cooperativa de táxis, além de não ser recomendável, implica grande risco ao passageiro, que pode vir a ser vítima da ação de criminosos.
O advogado alerta que sempre deve-se conferir as informações da viagem solicitada, ou seja, a placa, a marca e o modelo do veículo, bem como a foto do motorista, com as informações mostradas no app para ter certeza de que está entrando no carro certo, com o motorista certo.
Ainda conforme o Uo, as prefeituras de São Paulo e Guarulhos também se opõem à prática, e alegam trabalhar para coibir-la. De acordo com a prefeitura de Guarulhos, quando esse tipo de transporte vira opção da população, fica mais difícil monitorar crimes e abusos.
“Os passageiros que utilizam transporte clandestino estão à mercê de desconhecidos, uma vez que, na maioria dos casos, tais motoristas não possuem cadastro em empresas ou órgãos de regulamentação do serviço, o que torna impossível a denúncia e aumenta os riscos de violência, golpes e outras formas de abuso”, reforçou a prefeitura.
Outra crítica ao transporte clandestino é em relação à precificação, que não segue nenhuma norma. Na prática, motorista e passageiro combinam o preço da corrida na hora, o que pode ser uma furada para quem não conhece a cidade. Há relatos de passageiros que pagaram até 50% a mais no valor da corrida.