Novo secretário de segurança de Rio Grande diz que a cidade não tem acessibilidade
Enfrentando um orçamento limitado, o futuro secretário destaca que os problemas de trânsito representam 80% dos desafios.
RIO GRANDE DA SERRA – O subtenente da reserva da Polícia Militar do Estado de São Paulo, Izaías Fernandes, assumirá, a partir de janeiro, o comando da Secretaria de Segurança Pública, Trânsito e Defesa Civil de Rio Grande da Serra, no governo do prefeito eleito Akira Auriani (PSB). Enfrentando um orçamento limitado e três áreas de atuação, o futuro secretário destaca que os problemas de trânsito representam 80% dos desafios de sua pasta.
“Em relação ao trânsito, terei que começar do -1. Não é nem do zero. Não estou criticando a gestão atual, mas as passadas. A engenharia de tráfego da cidade nunca existiu, a mobilidade urbana está péssima, e a acessibilidade é inexistente”, declarou.
Segundo o secretário, as calçadas estão em estado precário, faltam faixas de pedestres em regiões próximas a UBSs (Unidades Básicas de Saúde) e escolas, e tanto a sinalização viária quanto os semáforos precisam de melhorias.
“O asfalto está em boas condições, mas a sinalização é deficiente. Temos faixas de pedestre em locais inadequados e o sistema semafórico foi instalado sem planejamento, o que prejudica motoristas e pedestres, já que os equipamentos não estão sincronizados. Precisamos revisar o contrato e, conforme orientações do Akira, solucionar imediatamente os problemas das calçadas”, explicou.
Outro ponto abordado por Fernandes é a falta de respeito dos motoristas às leis de trânsito. “O condutor de Rio Grande da Serra parece acreditar que a cidade não segue o Código Nacional de Trânsito. Vamos intensificar a fiscalização. A cidade não tem processamento de multas, e precisamos implementar esse sistema, não para aplicar penalidades, mas para promover a disciplina. Quando o sistema estiver em operação, realizaremos um programa de reeducação de trânsito com duração de, pelo menos, 90 dias.”
Preocupação da população com a Segurança
Embora existam críticas sobre a segurança, Fernandes destaca que a cidade ainda é considerada segura, com poucos casos de homicídios, estupros ou roubos de carga. Os problemas mais comuns são pequenos crimes e questões relacionadas ao consumo de entorpecentes. “Ainda é uma cidade segura, mas a situação das drogas é um problema crescente. Vamos fazer nossa parte, em parceria com outros órgãos de segurança, e implementar operações focadas nesse ponto”, afirmou.
Entre as propostas para aprimorar a segurança, está a criação de um Centro de Controle e Monitoramento, que integrará informações sobre segurança, trânsito e dados das Secretarias de Educação e Saúde.
“Precisamos analisar a situação financeira da Prefeitura, mas mesmo assim buscaremos emendas parlamentares e apoio externo. Vamos trabalhar para montar esse centro dentro das possibilidades, de forma consciente e conforme os padrões. Pretendo convidar outros secretários para colaborar nesse monitoramento, principalmente em questões financeiras e técnicas”, destacou Fernandes.
Com o centro em funcionamento, ele afirma que, em caso de atividades suspeitas ou pessoas em atitudes estranhas, viaturas da GCM (Guarda Civil Municipal) serão prontamente enviadas ao local.