O desespero de José de Filippi
O medo de Filippi não é de perder a prefeitura no próximo dia 27, mas sair humilhado do processo mesmo com o apoio do presidente Lula.
DIADEMA — A biografia do engenheiro José de Filippi, que administra Diadema pela quarta vez, é sem dúvida nenhuma espetacular. A trajetória de um menino que saiu do interior de São Paulo com 10 anos, hoje é conhecida nacionalmente.
Além de prefeito, Filippi se elegeu deputado estadual e federal. Hoje, com 67 anos, Filippe tenta a reeleição para se manter no poder. Quem conhece a trajetória do menino da Espírito Santo do Pinhal sabe que ele não fez o dever de casa nos últimos 4 anos.
Felippi fez uma gestão midiática, talvez isso explique seu desespero à beira de um ataque de nervos. Seu adversário, Taka Yamauchi, 46 anos, natural de São Bernardo do Campo, foi para o segundo turno com 47,39%, contra 45,09% de Filippi.
O medo de Filippi não é de perder a prefeitura, ele sabe que perderá. O chefe do Executivo chega desidratado no próximo dia 27. A derrota seria uma humilhação para Filippi, já que ele conta com o apoio do presidente Lula.
Filippi não tem quem culpar por suas dificuldades em gerenciar uma cidade importante, já que Diadema faz parte do “Cinturão Vermelho”, cidade dominada pelo PT-Partido dos Trabalhadores.
Ainda no primeiro turno, certo da vitória, Filippi perdeu o apoio de Renato Moreni, conhecido como Renato do GEB, militante da sigla. Renato do GEB teve nome retirado da chapa de postulantes à vereança. Sua exclusão da disputa resultou na debandada de um grupo que, como represália, decidiu não apoiar o projeto de reeleição do chefe do Executivo.
Filippi talvez não calculou o impacto da saída de Renato, mas acabou subestimando o potencial do adversário Taka.