Pesquisa aponta polaridade entre Atila e Marcelo nas eleições para prefeito de Mauá
De acordo com o que mostra um levantamento do instituto Paraná Pesquisas, realizado com eleitores do município entre os dias 28 de fevereiro e 3 de março, a corrida pela Prefeitura de Mauá em 2024 deve ser polarizada entre o prefeito Marcelo Oliveira (PT) e o deputado estadual eleito Atila Jacomussi (Solidariedade). O mesmo cenário de 2020.
Pela pesquisa, o ex-prefeito aparece com 32,6% das intenções de voto, enquanto que o atual chefe do Executivo conta com 19,8% das intenções.
Também como ocorreu no último pleito, João Veríssimo Fernandes, o Juiz João (PSD), atual presidente da Fundação Casa, ficou em terceiro e foi lembrado por 9,8% dos entrevistados. Na quarta posição está o vereador licenciado e atual secretário de Planejamento Urbano da Prefeitura de Mauá Chiquinho do Zaíra (Avante), que obteve 5,1% no levantamento. Na sequência está o vereador Sargento Simões (Avante), com 4,9%, seguido pelo empresário Cleber Broch (Patriota), com 3,4% das intenções. Disseram não saber em quem votar somou 6,4% e 17,9% afirmaram que não votarão em nenhum dos nomes colocados na pesquisa.
O placar registrado pela Paraná Pesquisas é muito parecido com os números do primeiro turno da eleição de 2020, quando Atila teve 36,48% dos votos válidos (na atual pesquisa ficou com 32,6%) e Marcelo conquistou 19,84% dos votos dos eleitores de Mauá (agora também teve 19,8%).
Estratificando o resultado, Atila obteve, entre os que disseram votar nele, maior citação entre os homens, com 33,1%, contra 32,3% do eleitorado feminino. Entre os que afirmaram votar em Marcelo, também a maior parte é de eleitor masculino, com 20,3%, ante 19,4% das mulheres. No quesito idade, Atila foi o mais lembrado entre eleitores de 25 a 34 anos (36,7%), seguido do público entre 16 e 24 anos (36,6%). A menor fatia do deputado estadual eleito foi entre eleitores acima de 60 anos (24,2%), justamente o público que mais indicou votar em Marcelo (26,3%). A segunda faixa que mais citou o atual prefeito de Mauá foi entre 45 e 59 anos (19,3%). Na escolaridade, Atila tem a preferência de eleitores com ensino fundamental (37,9%), maior fatia que também citou o petista (22,5%).
Em um cenário da pesquisa sem a presença de Juiz João, Marcelo Oliveira cresce. Nessa hipótese, o deputado estadual recebeu 34,3% das menções dos entrevistados, contra 21,3% das intenções ao petista. Ainda nesta projeção, Sargento Simões ficaria em terceiro, com 6,6%, e Chiquinho do Zaíra com 6,4%. Cleber Broch apareceria com 4,3%.
No levantamento espontâneo medido pela Paraná Pesquisas, a polarização entre os dois primeiros colocados é ainda mais evidente. Neste cenário, Atila aparece com 8,5% e Marcelo Oliveira registra 5,5% das intenções de voto. Juiz João ficou bem atrás, com 0,6%, seguido por Chiquinho, com 0,4%, e Simões, com 0,2%. Não responderam ou não souberam alcançou 71,5% e 12,5% afirmaram que não pretendem votar nesses nomes.
O instituto Paraná Pesquisas, comandado por Murilo Hidalgo, ouviu 530 eleitores de Mauá no período. Com grau de confiança de 95%, a pesquisa no município apresenta margem de erro de 4,3 pontos percentuais.
Em pouco mais de dois anos de gestão, o prefeito de Mauá, Marcelo Oliveira (PT), percebe, no reflexo da avaliação de seu governo, as dificuldades encontradas no início da administração do petista, principalmente os problemas financeiros herdados do mandato de Atila. Ainda assim, a percepção é de que o eleitor começa a compreender que, a partir de agora, o plano de obras de Marcelo começará a sair do papel, como, por exemplo, as intervenções para aumento da vazão de água do piscinão do Paço, que, segundo o chefe do o Executivo, irá acabar com as enchentes na região central de Mauá, um problema histórico.
Levantamento do instituto Paraná Pesquisas com 530 eleitores de Mauá mostrou que Marcelo Oliveira obteve 4% de avaliação ótima de sua gestão e 15,7% de boa. Dos entrevistados pelos pesquisadores, 29,4% entenderam que a administração petista mauanse merecia nota regular. Para 14%, a gestão é ruim e 33,2% disseram que é péssima. Não souberam dizer somou 3,8%. Na avaliação direta, 34,7% dos entrevistados disseram aprovar a gestão de Marcelo e 57,5% afirmaram desaprovar o governo. Não sabe somou 7,7%.
Além das ações administrativas, como construções e reformas e anúncios de convênios com governos estadual e federal, o prefeito de Mauá também começou a solucionar questões políticas, como, por exemplo, trazendo nomes para a administração, como o vereador Chiquinho do Zaíra (Avante) e conseguindo garantir a vitória do aliado Geovane Corrêa (PT) para a presidência da Câmara de Mauá.
Pelo levantamento da Paraná Pesquisas, entre os que aprovam a gestão de Marcelo, os homens lideram (35,1%), contra 34,4% das mulheres. Também o eleitorado masculino está na frente entre os que desaprovam, com 60,6%, contra 54,8% das mulheres.
Gestão de Tarcísio é aprovada com 66,8%
Os eleitores de Mauá que foram entrevistados pela Paraná Pesquisas também avaliaram as gestões do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que tiveram início no dia 1º de janeiro. Pelo levantamento, os dois governos foram bem avaliados. Tarcísio registrou 66,8% de aprovação entre os mauaenses pesquisados. Disseram desaprovar a gestão estadual do ex-ministro da Infraestrutura 21,9%. Não souberam somou 11,3%.
Por segmentação, o governador de São Paulo obteve 12,5% de ótimo e 31,9% de bom. Consideraram como regular a gestão 32,8%. Do total de entrevistados, 7,9% disseram ser ruim a administração e 7,7% afirmaram ser péssima. Não souberam opinar alcançou 7,2%. Na eleição do ano passado, Tarcísio conquistou 46,65% dos votos válidos de Mauá no segundo turno, contra 53,35% do então candidato a governador Fernando Haddad (PT).
A terceira gestão de Lula também foi aprovada por 52,8% dos entrevistados em Mauá. Disseram desaprovar 41,1% e 6% não souberam. Segmentando, o petista recebeu 12,3% de avaliação ótima e 26,6% de boa. Do total, 22,3% consideraram regular, 7,9% julgaram ser ruim e 27,5%, péssima. Não souberam somou 3,4%. Na disputa presidencial do ano passado, Lula venceu na cidade, com 53,21% do votos válidos no segundo turno. Jair Bolsonaro (PL) ficou com 46,79%.
Entre os que apovam Lula, a maior parte é do público feminino (54,5%), contra 51% dos homens. Entre os que desaprovam a gestão, 45,4% vieram de eleitores masculinos e 37,3% das mulheres. A maioria dos que aprovam (66,9%) tem ensino fundamental.