Pista central da Marginal Tietê interditada poderá ser liberada dia 11 de fevereiro
A via poderá ser aberta no dia 11, a informação foi dada na quarta-feira (2) pelo secretário estadual de Transportes Metropolitanos, Paulo Galli.
SÃO PAULO – A pista central da Marginal Tietê está interditada desde terça-feira (1º), devido a um acidente no canteiro de obras da Linha 6 Laranja do Metrô, que quando estiver concluída irá ligar a Brasilândia na zona Norte até a São Joaquim na região central da capital.
A via poderá ser aberta no dia 11, a informação foi dada na quarta-feira (2) pelo secretário estadual de Transportes Metropolitanos, Paulo Galli, mas para isso acontecer nessa data irá depender do resultado da obra para conter a erosão da cratera formada na via após o acidente, na manhã de terça, próximo da ponte Freguesia do Ó, sentido Rodovia Ayrton Senna.
O secretário disse que, se for necessário colocar estacas como estrutura de contenção, o prazo para liberação da pista será maior. “Em nossa reunião, a concessionária trouxe como uma das soluções para responder e liberar rapidamente a pista central da Marginal Tietê, dois cenários: o primeiro prevê colocação de estacas para contenção da pista da Marginal. Dependendo dessa solução, levaríamos até dia 11 e entregaríamos a pista central para o tráfego normal”, afirmou Galli.
De acordo com Galli, dependendo do desempenho do trabalho que está sendo feito pela concessionária Acciona para tapar a vala que estava aberta, hoje à tarde, eles vão se posicionar e talvez não seja necessário o estaqueamento. “Aí teríamos prazo mais rápido para entrega da estrada, da pista central. Em dois ou três dias, no máximo, estaríamos liberando”, acrescentou Galli.
Na madrugada, começou a obra de contenção que implica o preenchimento da cratera com material rochoso e argamassa. Os trabalhos consistem em estabilizar a cratera e os deslizamentos e, em seguida, recuperar a tubulação, a erosão e a marginal. Bombas farão o esgotamento do coletor de esgoto.
As rochas estão sendo colocadas dentro do fosso e serão removidas depois para que se retome normalmente a obra. As obras estão intactas e não há nenhum problema estrutural. [A rocha] foi colocada para tapar e para que a massa está sendo colocada hoje não desça mais, para que a argamassa não desça para o túnel. Tão logo se tenha estabilidade, começará a remoção das rochas”, disse o secretário.
Galli, afirmou que a Acciona, a concessionária responsável pelas obras, irá arcar com todos os custos mesmo ainda não sabendo o valor. Nesta quarta-feira (02) o diretor do grupo Acciona no Brasil André de Ângelo, disse que todas as ações desenvolvidas são para dar estabilidade ao terreno e impedir que a cratera aumente.
“Só nesta frente, temos mais de 100 pessoas trabalhando. Temos mais de 30 frentes de serviço: esta é uma obra de 15 estações e 18 postos. E todas as frentes seguem trabalhando no ritmo normal. Não existe interferência.” O diretor disse que a obra não parou, e nem irá parar “Tivemos um incidente pontual nesses dois pontos [da Marginal Tietê], e estão sendo tomadas providências para que, da forma mais rápida, voltemos com normalidade também nesses pontos.”
O acidente ainda está sendo investigado, mas há uma possibilidade de que o incidente tenha sido causado pelo vazamento de uma adutora que é uma estrutura que faz parte da rede de abastecimento de água, que tem o objetivo de transportar a água que esteja em um reservatório até ao local onde vai ocorrer o seu tratamento.
O Instituto de Pesquisas Tecnológicas foi contratado para apurar os fatos e responsabilidades sobre o acidente. Não houve feridos, mas alguns trabalhadores tiveram que ser atendidos porque tiveram contato com água contaminada. O acidente provocou isolamento do perímetro e interdição total das pistas local e central da Marginal Tietê.