Polícia Civil e GCM desmantelam maior fábrica de drogas do ABC
O crime organizado pode sofrer um prejuízo que ultrapassa os R$ 800 milhões, caso exporte o entorpecente para países da Europa ou Ásia.
RIO GRANDE DA SERRA – Nesta quarta-feira (03), a Polícia Civil e a Guarda Civil Municipal (GCM) de Rio Grande da Serra desmantelaram a maior fábrica de drogas da história do Grande ABC em uma operação conjunta. Cerca de 1,8 tonelada de cocaína estava escondida em uma chácara na zona rural do município.
Os investigadores apuravam a existência de uma possível refinaria situada na divisa de Santo André com Rio Grande da Serra. Durante uma campana em frente ao endereço, na Vila Lídia, os agentes flagraram um veículo entrando no imóvel, localizado em uma área de difícil acesso.
Um policial subiu no portão da chácara para observar a movimentação no interior, quando os criminosos o surpreenderam com disparos. Outros agentes tentaram intervir, mas também foram alvos dos tiros (ninguém se feriu).
Os investigadores conseguiram entrar na propriedade, mas quatro criminosos fugiram para a mata. Equipes do canil de Rio Grande da Serra também participaram da ocorrência para tentar localizar os indivíduos, mas, até o momento da publicação desta matéria, não conseguiram detê-los.
“É a primeira mega apreensão que a gente acompanha em Rio Grande da Serra. Só de pasta base, encontramos cerca de 400 kg, além de muita droga pronta e três máquinas de tecnologia avançada usadas na refinaria. É uma grande fábrica isso aqui”, disse o agente do canil, Bressani.
Durante a diligência pela mata, o cão Apolo, da GCM, identificou uma caixa d’água contendo uma vasta quantidade de entorpecentes prontos para comercialização.
O Instituto de Criminalística foi acionado e realizou a perícia, recolhendo vestígios para tentar identificar os criminosos que usavam a área. As substâncias encontradas foram pesadas e lacradas. Os agentes apreenderam um celular e o carro que estavam na chácara. Eles registraram o caso na Delegacia Policial de Rio Grande da Serra e encaminharam a droga para a sede do Departamento Estadual de Investigações sobre Entorpecentes (Denarc), na capital paulista.