Polícia Civil instaura inquérito para apurar entrega de atestados médicos por funcionários da CPTM em dia de greve
O inquérito instaurado apurará a entrega de atestados médicos por funcionários da CPTM, nos dias 2 e 3 de outubro, véspera da paralisação.
SÃO PAULO — Um inquérito foi instaurado pela Polícia Civil de São Paulo para apurar a entrega de atestados médicos por funcionários da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), nos dias 2 e 3 de outubro, véspera da paralisação da categoria.
A investigação apurará se os documentos entregues pelos colaboradores não foram fraudados, ou seja, se o funcionário passou realmente por atendimento e se a assinatura que consta no documento é a mesma do médico que realizou a consulta. A polícia informou que os hospitais também serão oficiados.
Um representante da companhia registrou um boletim de ocorrência no 3º Distrito Policial após constatar que o número de atestados emitidos nos dois dias foi até quatro vezes maior que a média diária de afastamentos. A CPTM também apura internamente os casos.
Sabotagem
No dia 3 de outubro, as linhas do Metrô não funcionaram durante todo o dia, e a CPTM operou parcialmente. A linha 9-Esmeralda chegou a ser interrompida após ter sido alvo de sabotagem em diferentes pontos dos trilhos.
Funcionários encontraram vários objetos arremessados na rede aérea de energia do sistema, quanto na linha férrea. Além disso, em um ponto da estação Autódromo, a fiação de uma máquina de chaveamento foi completamente arrancada, impedindo o restabelecimento do sistema. Para entrarem na linha, os criminosos abriram os gradis de proteção.
As informações constam no laudo elaborado pelo Instituto de Criminalística. Equipes do 27º DP, que investigam o caso, ainda acreditam que os criminosos tenham escolhido os pontos que não possuíam monitoramento por câmera para invadir a linha.
Depois de concluídos, o inquérito será remetido para análise do Ministério Público e Poder Judiciário nos próximos dias.