Prefeituras da Grande ABC participam da retomada do Conselho Metropolitano

GRANDE ABC – O Grande ABC esteve unido em torno de discussão de políticas públicas regionais depois de quase 1 ano. Todos os sete prefeitos compareceram à atividade que marcou a volta do Conselho da Região Metropolitana de São Paulo, em evento que foi realizado na tarde desta segunda-feira (14), no Palácio dos Bandeirantes, com a presença do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos).

Paulo Serra (PSDB), de Santo André, Orlando Morando (PSDB), de São Bernardo, José Auricchio Júnior (PSDB), de São Caetano, José de Filippi Júnior (PT), de Diadema, Marcelo Oliveira (PT), de Mauá e presidente do Consórcio Intermunicipal do Grande ABC, Guto Volpi (PL), de Ribeirão Pires, e Penha Fumagalli (PSD), de Rio Grande da Serra, compareceram à reunião – a primeira realizada desde 2020. O Consórcio formalizou o convite a todos os prefeitos, inclusive Morando e Auricchio, que estão desfiliados da entidade.

O grupo reúne os 39 municípios da Região Metropolitana e o encontro desta segunda-feira serviu para, além da retomada dos trabalhos, definir presidente e vice-presidente do bloco. O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), ficará à frente do bloco. O prefeito de Suzano, Rodrigo Ashiuchi (PL), será o vice.

Presidente do Consórcio Intermunicipal do Grande ABC, Marcelo Oliveira discursou no evento e ressaltou a importância da regionalidade como pilar de boas políticas públicas. Ao falar da região, citou as necessidades da chegada do Metrô, de obras de infraestrutura em mobilidade urbana e de aporte para custeio e manutenção de equipamentos de saúde.

“É importante a retomada desse Conselho e essa proximidade dos municípios com o governador. Importante ressaltar também o esforço que nós fizemos junto aos outros Consórcios para que o Conselho fosse retomado. O Grande ABC é uma região muito importante para o Estado de São Paulo e muito rica. Acredito que podemos trabalhar juntos para que todas as sete cidades tenham recursos garantidos vindos do governo estadual. Já enviamos algumas demandas antes da retomada do Conselho e agora vamos reforçá-las e pensar em mais recursos para a nossa região”, comentou Marcelo.

Paulo Serra também destacou o retorno do conselho e também o papel de José Police Neto, subsecretário estadual de Desenvolvimento Urbano e escolhido para secretariar o Conselho de Desenvolvimento da Região Metropolitana. “A gente está muito animado com essa retomada, capitaneada pelo Police Neto e agora com o Ricardo Nunes eleito, presidente do Conselho da Região Metropolitana de São Paulo. O Police Neto já foi nosso secretário, tem uma história ligada à boa gestão e às boas práticas e ao planejamento, tenho certeza vai nos ajudar a tirar questões regionais, demandas antigas da região, que têm que ser resolvidas de maneira metropolitana. Foi uma participação muito significativa, e com o Grande ABC 100 % presente por meio do Consórcio intermunicipal”, pontuou.

PDUI- Tarcísio prometeu retomar as discussões do PDUI (Plano de Desenvolvimento Urbano Integrado), que há uma década está em debate sem avanços efetivos. Segundo o governador, o projeto de lei estabelecendo as diretrizes será encaminhado à Assembleia Legislativa.

O Conselho também deliberou sobre o tema – e aprovou endosso ao encaminhamento do projeto de lei do PDUI da Região Metropolitana para avaliação dos deputados. Plano traz as diretrizes para o desenvolvimento planejado e sustentável das 39 cidades, com destaque para zoneamento, ocupação do território e obras interurbanas.

‘Temos o desafio do Metrô e do BRT’, diz Police Neto

Subsecretário de Desenvolvimento Urbano do Estado, Police Neto citou ao Diário algumas pautas que serão prioridades nesta retomada do Conselho da Região Metropolitana. Entre elas, estão a Linha 20-Rosa do Metrô e o BRT-ABC, que já está sendo construído na região.

“O Grande ABC foi a região que mais se dedicou nesse arranjo. Então, acredito que vamos conseguir encontrar soluções rápidas para a questão do transporte metropolitano. Nós temos o desafio da Linha 20-Rosa do Metrô, da implantação do nosso BRT. E tem também um desafio na Região Metropolitana como um todo, que é implementar política tarifária que capture um pouco de subsídio com o governo federal. Com a densidade da Região Metropolitana, é necessário ter um sistema de bilhetagem único e maior participação do governo federal para reduzir os custos do trabalhador”, disse.

Police Neto é subsecretário de Desenvolvimento Urbano, Pasta comandada por Marcelo Cardinale Branco, e já atuou em Santo André como secretário. Ele acredita que o seu conhecimento sobre o Grande ABC, além de toda a Região Metropolitana, pode ajudar a região a captar recursos junto ao governo do Estado.

“Nos últimos 25 meses antes de eu assumir a minha função no governo do Estado, estive no Grande ABC, então conheço a região, o que facilita muito no que diz respeito a entender problemas e a diagnosticá-los, e também a buscar soluções. Acho que poderei ajudar muito”, comentou.

Police será o secretário executivo do Conselho de Desenvolvimento da Região Metropolitana, cargo tradicionalmente ocupado por representante do governo estadual.

Tarcísio de Freitas exalta municipalidade

O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) enalteceu o diálogo com as cidades estabelecido no encontro.

“Nós temos um governo voltado à municipalidade. Esse diálogo com os municípios é super importante, principalmente por se tratar da Região Metropolitana de São Paulo, que concentra quase 47% de toda a população do Estado”, comentou.

A Região Metropolitana concentra aproximadamente 46,6% da população do Estado de São Paulo e também é responsável por cerca de 51,1% do PIB (Produto Interno Bruto) do Estado.

O governador afirmou que a meta é buscar ações conjuntas com as prefeituras para otimizar a aplicação de políticas públicas e ampliar a oferta de serviços estaduais e municipais em áreas como habitação, transporte, mobilidade urbana e saúde.

“Nós temos a quinta maior Região Metropolitana do planeta, e os prefeitos que estão aqui representam quase 22 milhões de habitantes. Isso dá ideia da dimensão e da responsabilidade que esse conselho tem. São desafios que esse grupo terá e precisamos de um instrumento vivo de planejamento urbano para enfrentar essas questões”, disse.