Região de São Paulo criou 366.052 vagas de emprego em fevereiro, aponta Caged
No período, foram registradas 317.842 demissões, resultado em um saldo de 48.210 empregos criados
SÃO PAULO — A região de São Paulo criou 366.052 vagas de emprego formais no mês de fevereiro, de acordo com dados do novo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Ministério do Trabalho. No mês, a região também registrou 317.842 demissões, o que resultou em um saldo positivo de 48.210 empregos.
No mês anterior (janeiro), a região havia registrado a criação de 335.905 vagas de emprego, 323.558 demissões e saldo de 12.347 empregos.
As cidades com maior número de vagas criadas em fevereiro foram São Paulo (232.277), Barueri (21.015) e Guarulhos (18.472). Também foram as cidades que mais demitiram, com 201.945, 18.932 e 15.923 demissões, respectivamente.
Em relação ao número de admitidos em fevereiro, 53,48% eram homens e 46,52% eram mulheres. Do total, 67,19% tinham ensino médio completo e 28,37% idades entre 18 e 24 anos. O setor que mais contratou foi o da indústria.
Os municípios da região incluem: São Paulo, Arujá, Barueri, Biritiba-Mirim, Caieiras, Cajamar, Carapicuíba, Cotia, Diadema, Embu, Embu-Guaçu, Ferraz de Vasconcelo, Francisco Morato, Franco da Rocha, Guararema, Guarulhos, Itapecerica da Serra, Itapevi, Itaquaquecetuba, Jandira, Juquitiba, Mairiporã, Mauá, Mogi das Cruzes, Osasco, Pirapora do Bom Jesus, Poá, Ribeirão Pires, Rio Grande da Serra, Salesópolis, Santa Isabel, Santana do Parnaíba, Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, São Lourenço da Serra, Suzano, Taboão da Serra, Vargem Grande Paulista.
Trabalho temporário
Em fevereiro, o Brasil registrou 76. 131 admissões de trabalhadores temporários, sendo 38.860 na região. Francine Amadeu, gerente de Recrutamento e Seleção da Employer Recursos Humanos em São Paulo, explica que o aumento das contratações de trabalhadores temporários no início do ano é, muitas vezes, impulsionado por uma combinação de demanda sazonal, necessidades de projetos específicos, flexibilidade e custos.
“A contratação no modelo temporário pode servir como um teste para o que a empresa avalie o trabalhador e ofereça uma posição permanente, de acordo com o seu desempenho. Esse período de contratação permite que os empregadores avaliem se o colaborador tem aderência à cultura da empresa e às demandas, por exmplo”, diz.
A estimativa da Associação Brasileira do Trabalho Temporário (ASSERTTEM) é a geração de 780 mil vagas temporárias no 1º trimestre de 2024.
Direitos do Trabalhador Temporário
Na modalidade temporária, o trabalhador tem anotação em carteira e os direitos assegurados pela legislação 6.019/1974. Dentre os direitos, estão inclusos pagamento de horas extras, descanso semanal remunerado, 13o salário e férias proporcionais ao período trabalhado. Ele recebe 8% dos seus proventos a título de FGTS e o período como temporário conta como contribuição para a aposentadoria.
Vale ressaltar que na legislação, o trabalhador temporário pode ser contratado por até 180 dias, com a possibilidade de prorrogação por mais até 90 dias. A efetivação pode acontecer a qualquer momento desse período. Junto à Previdência, o trabalhador temporário também tem todos os direitos garantidos, desde que se respeite a carência mínima exigida para o pagamento dos benefícios.