Santo André e Diadema exigem comprovante de vacinação para matrículas
Os responsáveis que não comprovarem ter vacinado as crianças podem ser procurados pelo Conselho Tutelar.
SANTO ANDRÉ– Das sete cidades da região, Santo André e Diadema exigem o comprovante de vacinação no momento da matrícula nas escolas municipais. Em Mauá, São Bernardo e Ribeirão Pires a imunização não é exigida no ato da matrícula.
São Caetano e Rio Grande da Serra não se posicionaram. Na maior parte do ABC as aulas na rede municipal terão início no próximo dia 6. A prefeitura de Santo André, apesar de admitir que não há mais protocolos vigentes nas escolas municipais, informou que exige, no ato da matrícula dos alunos, a comprovação da vacinação dos estudantes contra a covid-19.
Além disso, os responsáveis que não comprovarem ter vacinado as crianças podem ser procurados pelo Conselho Tutelar. “O município exigiu, no momento da matrícula, a comprovação da vacina contra a covid-19. No caso da exigência não ser comprovada pelos pais ou responsáveis, a Secretaria de Educação encaminha a informação quinzenalmente ao Conselho Tutelar. De qualquer forma, os alunos não vacinados poderão frequentar as aulas normalmente”, diz nota do paço andreense, para o site Repórter Diário.
O número de crianças matriculadas na rede municipal é de 32.222 e outros 2.206 alunos estão matriculados no EJA (Educação de Jovens e Adultos).
Em Diadema uma portaria da Secretaria de Educação, de 11 de abril de 2022, determina a exigência. No entanto, ela não é fator que possa impedir a matrícula ou a frequência às aulas, mas os pais ou responsáveis que não entregarem o comprovante terão que responder também ao Conselho Tutelar. “De acordo com parecer do Conselho Municipal de Educação, a falta dos comprovantes de vacinação não impede a matrícula ou frequência das aulas, mas os responsáveis pela estudante devem ser notificados que têm 60 dias para regularizar a situação. Expirando o prazo e persistindo a falta de imunização, o Conselho Tutelar deve ser informado”, explicou a prefeitura, em nota.
Na cidade as matrículas ainda estão em andamento, no ano passado a cidade teve 30.484 alunos em suas escolas. A prefeitura diz que a máscara não é uma exigência, mas seu uso é recomendado, além de protocolos como higienização das mãos e disponibilização de álcool gel.
A prefeitura de Diadema prevê afastamento de casos comprovados de covid-19. “Os sintomáticos respiratórios devem procurar atendimento médico para avaliação na Unidade de Saúde mais próxima de sua escola ou residência. Nas UBSs, os sintomáticos respiratórios serão avaliados com teste rápido de antígeno e os casos positivos serão afastados até, no máximo, 10 dias. Os casos negativos para covid-19 serão avaliados e afastados segundo critérios médicos”.
Mauá tem 14.227 matrículas efetivadas até esta quinta-feira (12/01) e o processo ainda está em andamento. A cidade não exige comprovante de vacinação. São Bernardo tem 80 mil estudantes matriculados em sua rede que devem começar as aulas no dia 6 de fevereiro.
Ribeirão Pires tem 6.904 alunos matriculados e também não exigiu carteira de vacinação. Em nota a prefeitura informa que, apesar de não exigir a comprovação da vacina contra a covid-19, é feita uma sensibilização dos pais ou responsáveis frisando a importância da imunização. Ainda no comunicado o paço diz que o uso de máscara não é obrigatório, porém, sugerido. Na cidade o retorno às aulas ainda não está definido.
Vacinação
Segundo o site Vacina Já do Governo do Estado, em Santo André a cobertura vacinal na faixa de idade de 3 a 11 anos de idade é de 53,19%; na faixa de 12 a 17 anos a cobertura é de 97,43%. Já em Diadema a cobertura é de 54,91% e 94,87%, respectivamente.
Rio Grande da Serra tem os piores índices de vacinação para crianças e jovens do ABC. Na faixa de 3 a 11 anos de idade a cobertura é de 39,35%, e entre os de 12 a 17 anos, 77,9%, de acordo com o site Vacina Já. São Caetano tem a melhor cobertura; 69,63% e 107,21%, respectivamente.