Santo André inicia analise para implantação do conceito de ‘cidade 15 minutos’

O mapeamento foi realizada por meio da Secretaria de Planejamento Estratégico e Licenciamento.

O mapeamento foi realizada por meio da Secretaria de Planejamento Estratégico e Licenciamento. (Foto | Reprodução)

SANTO ANDRÉ – O conceito de ‘cidade 15 minutos’ prevê que neste tempo as pessoas possam ter acesso a tudo o que necessitam sem precisar tirar o carro da garagem. Esse princípio norteou a Prefeitura de Santo André a mapear e ampliar o número de corredores comerciais, que passaram de 14 para 23, espalhados por diversos bairros e também pela Vila Ferroviária de Paranapiacaba.

Ao todo, São 3.763 atividades em setores como saúde, beleza, alimentação, serviços automotivos, moda e lazer, entre outros. 

O mapeamento foi realizada por meio da Secretaria de Planejamento Estratégico e Licenciamento, que é comandada por Acácio Miranda, e faz parte da revisão do Plano Diretor da cidade, que está em andamento.

“É um pouco daquele conceito de cidade 15 minutos, que hoje existe nos grandes centros no mundo. Todas as atividades necessárias a 15 minutos da residência da pessoa. Então, com isso você evita uma série de coisas, inclusive o trânsito. A lógica dos corredores partiu disso. O morador tem todas as atividades comerciais, entretenimento, saúde, educação… Sem que haja necessidade de grandes deslocamentos, isso vira um estímulo para que ele não precise tirar o carro da garagem”, afirma Acácio.

O levantamento foi feito a partir dos dados obtidos pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). Os pesquisadores apontaram a Avenida Itamarati com a maior densidade de estabelecimentos (359), seguida pela Oratório (319) e Rua Carijós (291). Entre as atividades, o segmento de saúde, beleza e bem estar é o primeiro, com 775 pontos, seguido por alimentação (709) e produtos e serviços alimentícios (556).

“O segundo subdistrito surpreendeu por conta da quantidade de eixos comerciais”, aponta Acácio. São cinco, que juntos, reúnem 1.195 negócios. “O viaduto (Complexo Viário Santa Terezinha) vai facilitar a mobilidade e eles (moradores do segundo subdistrito) ficarão ainda mais inseridos nesse contexto”, aponta o secretário, destacando que até pouco tempo era comum que as pessoas daquela região dissessem que ‘iam a Santo André’ quando precisavam resolver alguma coisa no Centro da cidade.

Segundo o secretário, mapear os corredores comerciais e manter a informação atualizada nos registros é fundamental para o desenvolvimento de ações de planejamento e políticas públicas que contribuam para o desenvolvimento econômico e urbano da cidade.

EMPREGO E RENDA

Além disso, o mapeamento dos corredores com alta concentração de comércios e serviços facilita as ações para desenvolvimento de ações que visem o emprego, consumo e renda nos bairros.

“Nosso foco, após o mapeamento destes endereços, é definir estes corredores como Zonas Especiais de Interesse Comercial (Zeics) no Plano Diretor. Na lógica de tornar estes corredores como Zeics, utilizaremos recursos da outorga onerosa do direito de construir, provenientes da expansão do mercado imobiliário para aplicação em projetos e qualificações de infraestrutura destas áreas”, explica Diego Cabral, diretor do Departamento de Desenvolvimento e Projetos Urbanos (DDPU). 

A definição dos corredores levou em consideração também as informações que foram passadas pelos moradores, durante as consultas que foram feitas durante a elaboração do Plano Diretor. “Uma das questões era onde a população consumia. Então, houve uma orientação por parte do próprio munícipe que disse ‘eu moro no território ‘X’ e faço compras nessa nessa via’”, ilustrou.

O mapeamento com os 23 corredores foi exposto aos empresários na Associação Comercial e Industrial de Santo André (Acisa) na última segunda-feira pelo secretário Acácio Miranda.

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