Santo André poderá ser sede do principal pátio de manutenção da Linha 20

As propostas das companhias interessadas devem ser entregues até o dia 14 de setembro.

O terreno é considerado adequado para implantação do pátio de manutenção porque a operação exige uma grande área. (Foto | Reprodução)

SANTO ANDRÉ – O edital lançado, na última sexta-feira (19), pela Companhia do Metropolitano de São Paulo para contratação da empresa que ficará responsável pelo estudo de desapropriação de áreas para construção da Linha 20-Rosa do Metrô, revela que a principal área de manutenção das composições será em Santo André.

Inicialmente, o local escolhido é um terreno desocupado de aproximadamente 160 mil m² onde funcionou unidade da Rhodia, divisão brasileira do grupo francês Rhône-Poulenc.

Caso a companhia tenha êxito na desapropriação, o chamado ‘Pátio Rhodia’ ocupará terreno onde durante aproximadamente 90 anos – foi inaugurada em 1921 – a fábrica de origem francesa produziu produtos químicos. A unidade foi desativada em 2013, quando a belga Solvay, que havia assumido o controle da empresa, transferiu toda a produção para unidade no Interior. Até por conta do passado, a avaliação é a de que provavelmente será necessário fazer a descontaminação do solo antes de a obra para instalação do pátio da Linha 20 ser efetivamente iniciada.

O terreno é considerado adequado para implantação do pátio de manutenção porque a operação exige uma grande área, e também porque fica ao lado da Estação Celso Daniel da Linha 10-Turquesa da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos). Além disso, é plano e de fácil acesso, na medida em que está localizado na região central e próximo da parada de trem e do terminal por onde circulam ônibus municipais e intermunicipais, como os que operam no corredor de trólebus, que fazem a ligação entre São Matheus e o Jabaquara, passando por Santo André, São Bernardo e Diadema.

Segundo o projeto, a Linha 20 terá extensão de cerca de 31 quilômetros, com 24 estações e dois pátios de manutenção, entre as paradas Santa Marina, na Lapa, na Capital, e o de Santo André, passando também pelas regiões de Pinheiros, Faria Lima, Rebouças, Moema, Cursino e São Bernardo, com conexão direta a diversas linhas de transporte sobre trilhos. A estimativa da companhia é a de que o ramal receberá em torno de 1,5 milhão de passageiros diariamente, que contarão com frota de 50 trens.

Além do pátio de manutenção em Santo André, o edital lançado na sexta-feira inclui o levantamento de áreas passíveis de desapropriação para construção dos poços de ventilação, saídas de emergência e subestações primárias ao longo de todo o trajeto. As propostas das companhias interessadas devem ser entregues até o dia 14 de setembro. A vencedora da concorrência será aquela que apresentar o menor preço, conforme estabelecido no edital, e terá 12 meses para concluir o serviço, prazo contado a partir da emissão da primeira ordem de serviço pelo Metrô.

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