Servidores de São Caetano são os únicos sem reajuste na região

A Prefeitura disse ao sindicato que considera inviável o reajuste pedido pela categoria.

Prefeitura não aceitou a proposta. ( Foto | Reprodução)

SÃO CAETANO – Três meses depois da data-base, os servidores de São Caetano são os únicos do Grande ABC a não receberem reajuste salarial. A Prefeitura, comandada por José Auricchio Júnior (PSDB), não aceitou a proposta do Sindserv-SCS (Sindicato dos Servidores Públicos e Autárquicos de São Caetano), que pedia a correção de 5,6% da inflação e aumento real de 5%, e a negociação está estagnada. 

A Prefeitura disse ao sindicato que considera inviável o reajuste pedido pela categoria, pois estudos de impacto financeiro feitos pela gestão tucana demonstraram que esse aumento ultrapassaria os limites prudenciais determinados pela Lei de Responsabilidade Fiscal. O Sindserv, por sua vez, reiterou que não aceitará apenas a reposição da inflação.

A última reunião foi feita em 25 de maio, quando a Secretaria da Fazenda se comprometeu a levar ao Executivo todas as reivindicações da categoria. De acordo com o sindicato, a Prefeitura garantiu que as negociações se encerrariam nesta semana, mas nenhuma reunião foi marcada até o momento. O Sindserv ainda pede que, independentemente de qual seja a proposta da administração, o reajuste seja retroativo à data-base do funcionalismo no município, 1º de março. 

“O valor que a Prefeitura quer pagar é baixíssimo. São Caetano tem um orçamento proporcionalmente maior do que as outras cidades da região, mas muito provavelmente teremos um dissídio muito aquém do que poderia ser e do que os servidores do nosso município merecem”, disse a vereadora Bruna Biondi, do mandato coletivo Mulheres Por + Direitos (Psol).

O primeiro município da região a aprovar o o reajuste foi Ribeirão Pires, em 26 de abril. A Prefeitura, comandada por Guto Volpi (PL), fez uma correção de 6,7%. Em Santo André, o reajuste foi de 7,1%, parcelado em duas vezes, enquanto em Diadema a correção foi de 7% com três parcelas. Em Mauá, os ganhos serão de até 9,71% para algumas categorias, como auxiliar de apoio operacional, cujo salário base é de R$ 1.960,94. Também haverá aumento de R$ 100 sobre os vencimentos e salários dos servidores com jornada semanal de 40 horas a partir da data-base, que é em 1º de abril de 2023. Rio Grande da Serra aumentou em 5% o salário de toda a categoria e criou o auxílio-alimentação no valor de R$ 100 para quem ganha até R$ 1.500. São Bernardo teve um reajuste de 7% aprovado pela Câmara em abril, embora o Sindserv São Bernardo tenha feito uma greve exigindo abertura de mesa de negociação por parte da Prefeitura, comandada por Orlando Morando (PSDB). O prazo para um retorno por parte do Executivo expira no próximo dia 25. 

“A falta de valorização dos servidores públicos de São Caetano é uma marca que acompanha essa gestão. Existem obras sendo feitas por valores milionários, algumas até de necessidade discutível, e o reconhecimento dos servidores não chega”, declarou o vereador Edison Para (Podemos).

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