Sesi adia para 2025 o encerramento das atividades em Ribeirão Pires
Se realmente for fechado o Sesi de Ribeirão Pires terá encerrada uma história de 59 anos.
MAUÁ – O Serviço Social da Indústria (Sesi) que tinha como planos fechar a unidade de Ribeirão Pires neste ano, conforme anúncio feito em 2020, agora informa que as atividades na cidade não serão encerradas antes de 2025 quando a unidade que é construída em Mauá deve ficar pronta.
A instituição disse que tratativas foram realizadas com a prefeitura, no sentido de que um imóvel seja cedido e os cursos continuem na cidade, porém elas não tiveram sucesso e os planos de fechar a unidade continuam. O colégio atende cerca de 400 alunos do Ensino Fundamental I, II e Médio.
Como a unidade funciona em um prédio alugado, a intenção do Sesi é transferir toda a sua estrutura e os atendimentos para a unidade própria que é construída em Mauá.
Na última sexta-feira (26) a Agência de Desenvolvimento Econômico do ABC, o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e o prefeito de Ribeirão Pires, Guto Volpi (PL) estiveram reunidos com o presidente do Conselho do Sesi, Vagner Freitas, para tentar fazer com que a instituição mudasse de ideia para manter o atendimento em Ribeirão Pires. Da reunião saiu a proposta de que a prefeitura buscaria outro local possível de ser reformado para as atividades do Sesi.
Em nota, o Sesi confirmou que o motivo que lastreia a saída de Ribeirão Pires é a falta de um imóvel. “A unidade não será fechada, mas transferida para um novo prédio, em construção no município de Mauá, uma vez que não foi possível construir uma nova escola em Ribeirão Pires”, diz o comunicado.
Se realmente for fechado o Sesi de Ribeirão Pires terá encerrada uma história de 59 anos. Hoje os 400 alunos estão divididos entre o 5° ano do Fundamental I, em salas do 6° ao 9° ano do Fundamental II, duas turmas do primeiro ano do Ensino Médio, duas turmas do segundo ano do Médio e uma turma do terceiro ano. Além do ensino regular o Sesi da cidade também tem curso gratuito de robótica para os alunos da rede pública.
Perguntado se houve algum avanço nas negociações em torno de um terreno em Ribeirão Pires mesmo, o Sesi respondeu negativamente. “Por enquanto, não houve avanços. Apenas intenções. O plano continua o mesmo, a transferência para cidade de Mauá. A transferência não ocorrerá antes de junho de 2025 e poderá ser postergada a depender do andamento das obras”, encerra o Serviço Social da Indústria em seu comunicado ao site RD.
“Manter o SESI na cidade significa acesso à educação e formação de qualidade para trabalhadores (as) e seus filhos (as). Portanto, não há justificativa plausível para o corte proposto em uma área tão carente de educação”, destaca o documento assinado pelo presidente do Sindicato, Moisés Selerges, durante o encontro de sexta-feira (26) que aconteceu na sede da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), na Capital.