Taka admite conversa com Márcio da Farmácia para coalizão
Taka admitiu existir a possibilidade da construção de uma coalizão com dez partidos, dizendo haver caminho para ter Márcio ao seu lado.
SÃO PAULO — O empresário e pré-candidato à Prefeitura de Diadema, no Grande ABC, Taka Yamauchi (MDB), segundo colocado no pleito de 2020, admitiu que tem mantido conversas para atrair o ex-deputado estadual Márcio da Farmácia (Podemos).
O presidente da SPObras (Secretaria de Infraestrutura Urbana e Obras de São Paulo), tenta atrair Márcio da Farmácia para seu projeto eleitoral já no primeiro turno. Derrotado pelo atual prefeito José de Filippi Júnior (PT), o emedebista afirma que é possível unir as forças antipetistas da cidade.
Na eleição passada, Márcio apoiou Taka, mas agora sustenta candidatura própria. Márcio foi vereador, vice-prefeito na gestão de Lauro Michels (PV) e deputado estadual. Em 2022, ele não conseguiu se reeleger.
Márcio desde o fim de 2023 vem construindo sua candidatura à Prefeitura de Diadema, tendo como padrinho político o prefeito de São Bernardo, Orlando Morando (PSDB), enquanto Taka, tem alinhamento político com o ex-prefeito de Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra, Adler Kiko Teixeira (MDB) e com o prefeito de Santo André, Paulo Serra (PSDB).
Conforme Taka, existe a possibilidade da construção de uma coalizão com dez partidos e que há caminho para ter Márcio ao seu lado. “É preciso ter sintonia e ideais parecidos”, discorre o emedebista. “Temos a mesma raia de eleitores e sintonia contra a esquerda. Vejo com bons olhos essa configuração mais ampla”, disse ao Diário do Grande ABC.
Taka argumentou que a cidade se reveza nas últimas cinco décadas entre figuras da família Michels e quadros do PT, afirmando que o município não avança diante desses dois modelos de governo. “Sou antiPT e sou contra a gestão da família Michels que não fez nada bem para Diadema.”
O pré-candidato aproveitou para criticar o prefeito Filippi, dizendo que o adversário teria praticado “estelionato eleitoral” em 2020, ao prometer série de itens sem cumprir. Na visão de Taka, o petista passou a dar “tiro na população”, em especial a da periferia, quando passou a cobrar a taxa do lixo na conta de água e por “não ter tirado as catracas” do terminal de ônibus.