TRE absolve Tarcísio de Freitas em ação sobre tiroteio em Paraisópolis
Freitas era acusado de utilizar bens da União em proveito da sua campanha, devido à presença de seu ex-assessor, Danilo Campetti, no evento.
SÃO PAULO — O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), foi absolvido na terça-feira(17), por unanimidade pelo Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP), sobre o tiroteio em Paraisópolis, em outubro de 2022.
Freitas era acusado de utilizar bens da União em proveito da sua campanha, devido à presença de seu ex-assessor Danilo Campetti, que é policial federal e na época concorria a deputado estadual, naquela agenda, realizada em outubro do ano passado.
Na época, o então candidato ao governo do Estado, fazia uma visita ao 1º Polo Universitário de Paraisópolis quando houve uma troca de tiros a cerca de cem metros do local e um homem foi morto após ser baleado. De acordo com uma perícia da Polícia Civil, o disparo foi efetuado por um policial militar.
O policial chegou a sacar o distintivo e a arma da PF durante o confronto, o que, na visão da Procuradoria Geral Eleitoral, configura o emprego de bens públicos em campanha. A defesa de Danilo, que também é réu na ação, comprovou que ele estava de folga e alegou que o uso dos equipamentos da corporação não tinham relação com o ato eleitoral, e sim com o tiroteio.
Também lembrou que ele havia sido candidato e participou da visita na condição de apoiador. Com o resultado favorável, aliados do governador avaliam que o caminho está livre para que Danilo assuma seu mandato na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp).
Ele obteve 52 mil votos, mas não conseguiu se eleger. Atualmente, é o primeiro da fila de suplentes do Republicanos e ganharia uma vaga na Alesp caso Tarcísio nomeie um deputado estadual da legenda para um cargo no Executivo.
Campetti atuou na prisão e na condução coercitiva do presidente durante a Operação Lava Jato e o escoltou, em 2019, quando o petista teve liberdade provisória concedida para ir ao velório do neto.
Ele foi afastado preventivamente das suas funções na corporação em razão de um processo administrativo disciplinar aberto para investigar sua participação no tiroteio de Paraisópolis.
O afastamento acaba no próximo dia 1º e precisa de uma justificativa para ser prorrogado. Aliados de Tarcísio esperam que a decisão também impeça o alongamento da suspensão.