Troca de Partidos: PL se Destaca com Maior Aumento de Vereadores na Região do ABC
ELEIÇÕES 2024 NO ABC – Durante o período da janela eleitoral, que encerrou na sexta-feira (5/4), 74 vereadores do ABC paulista decidiram trocar de partido visando as eleições, o que representa 52,11% do total de 142 vereadores na região. O grande beneficiado com essas mudanças foi o PL, que dobrou o número de representantes em comparação com as eleições de 2020. Por outro lado, o PSDB foi o partido que mais perdeu, com sua bancada sendo reduzida de 27 para seis vereadores na região.
Em 2020, o PSDB era o principal partido na região, com 27 vereadores em seis cidades, com exceção de Rio Grande da Serra. No entanto, desta vez, o partido conta com apenas seis representantes. Leonardo Alves permanece como o único vereador tucano em Mauá, já que Eugênio Rufino, eleito pelo partido, migrou para o PV. Em Santo André, o número de vereadores do PSDB permanece o mesmo, com cinco representantes: Bahia, Bahia do Lava Rápido, Marcelo Chehade, Pedrinho Botaro e Márcio Colombo. A única mudança ocorreu na suplência, com a saída de Marcos Pinchiari para o MDB.
Além do PSDB, outras sete legendas também perderam vereadores durante a janela eleitoral. O PRD, que resultou da junção do PTB e do Patriotas, perdeu metade de seus parlamentares, caindo de 12 para seis vereadores. O Cidadania também seguiu o mesmo caminho, reduzindo sua bancada de 10 para cinco vereadores. O PDT e o Avante perderam dois legisladores cada, enquanto os pedetistas agora contam com dois vereadores e o Avante com cinco.
Apesar de se juntar ao PROS, o Solidariedade perdeu uma cadeira e agora possui três vereadores. O PSB também perdeu uma vaga, reduzindo sua bancada para sete vereadores. O PT também teve uma redução, passando de 14 para 13 vereadores. O PSOL foi o único partido que manteve suas duas cadeiras, com Bruna Biondi em São Caetano e Ricardo Alvarez em Santo André. O Novo, que elegeu Thai Spinello (que migrou para o PSD), agora tem um representante, o Coronel Edson Sardano, pré-candidato a prefeito em Santo André.
O PL foi o partido que mais cresceu em número de vereadores, saltando de nove eleitos em 2020 para 18 filiados após o fim da janela eleitoral. O Progressistas (PP) também teve um aumento significativo, passando a ter 10 parlamentares. O MDB, que não elege legisladores no ABC há quatro anos, conseguiu filiar cinco nomes durante o processo. Três partidos aumentaram suas bancadas em três vereadores: Podemos (agora com 13), Republicanos (agora com sete) e PV (agora com seis).
Outras quatro legendas aumentaram suas bancadas em dois vereadores: PSD (agora com 15 vereadores), União Brasil (agora com 10), PRTB (agora com três) e PMB, que conta com dois representantes em São Bernardo, Dr. Manuel e Henrique Kabeça. O AGIR (antigo PTC) também ganhou uma cadeira, alcançando três vereadores na região.
Em relação aos pré-candidatos a prefeito, o ritmo de troca de partidos foi mais tranquilo. Além de Edson Sardano, outros dois nomes resolveram sua vida partidária em Santo André, mas sem necessariamente trocar de legenda. O secretário de Saúde, Gilvan Junior, se filiou ao PSDB, e o advogado Leandro Petrin foi para o PSD, aguardando uma definição de Paulo Serra. Gilvan é o favorito.
Em São Bernardo, Flávia Morando foi anunciada no União Brasil para representar o prefeito Orlando Morando (PSDB), enquanto Marcelo Lima saiu do PSB e migrou para o Podemos. Em Ribeirão Pires, Gabriel Roncon trocou o Cidadania pelo Progressistas, e em São Caetano, Tite Campanella também deixou o Cidadania para ser pré-candidato pelo PL.
Algumas trocas já ocorreram antes da janela eleitoral, como os casos do pré-candidato a prefeito de São Bernardo, Rafael Demarchi, que deixou o União Brasil para defender o Novo, e Atila Jacomussi, que saiu do Solidariedade e migrou para o União Brasil.