Um recém-nascido entregue voluntariamente para adoção por mês no Grande ABC

A doação voluntária pode ser vista como um benefício para o futuro da criança, conforme Carolina McCardel, especialista em Direito.

Reprodução Diário do Grande ABC

De acordo com dados levantados, a média de recém-nascidos entregues voluntariamente para adoção no Grande ABC, é de um por mês. De janeiro até junho, as varas de infância da região receberam seis bebês.

Nos últimos dias ganhou destaque nas redes sociais, o nome da artista Klara Castanho, após ela revelar que tinha entregue seu bebê para adoção voluntária. A atriz sofreu violência sexual e engravidou depois do ato. No entanto, apesar da acusação contra a moça, a doação é regulamentada pelo Estatuto da Criança e Adolescente (ECA).

De acordo com os números do Tribunal de Justiça de São Paulo, as entregas deste ano já superaram a marca de 2021, quando 5 recém-nascidos foram entregues. Além disso, o registro mostra seis casos em 2020 e nove em 2019. No Brasil, o total registrado é de 484.

Segundo Carolina McCardel, que é especializada em direito de família, a doação voluntária pode ser vista como um benefício para o futuro da criança. “A mãe entende que não pode atender às suas necessidades, sejam elas psicológicas ou econômicas, garantindo à criança uma melhor qualidade de vida em um lar em que poderá se desenvolver de maneira saudável física e psicologicamente, sendo acolhida com amor, apoio, carinho e respeito”, revelou.

Além disso, a advogada informou que conforme consta na lei, toda gestante, independente de suas condições, pode optar pela entrega para adoção voluntária. Ela explica que todo o processo deve correr em sigilo para a proteção de todos os envolvidos no caso.

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