Deputada federal Rosangela Moro troca domicílio eleitoral

A troca de domicílio de Rosangela Moro foi criticada pela deputada federal e presidente do PT, Gleisi Hoffmann (PT-PR).

SÃO PAULO – A deputada federal Rosangela Moro (União Brasil- SP), esposa do senador Sérgio Moro (União-PR), mudou o domicílio eleitoral. Ela foi leita por São Paulo com 217.170 votos.

A troca de domicílio foi criticada pela deputada federal e presidente do PT, Gleisi Hoffmann (PT-PR). Gleisi afirmou que Rosangela e Sergio Moro provam “desprezo pela população paranaense” com a troca. Ela disse que o casal mudou os
domicílios eleitorais para São Paulo “quando pensavam estar na crista da
onda” e “achavam o Paraná pequeno demais para eles”.

A esposa do senador passa a ser uma alternativa concreta para concorrer à cadeira
de Moro, caso ele seja cassado pela Justiça Eleitoral. Com a transferência
do domicílio eleitoral feita pelo menos seis meses antes de eventual nova
eleição.

A deputada pode aproveitar o capital político do ex-juiz no Estado
natal do casal, em caso de uma eleição suplementar para o Senado no
Paraná.

Gleisi também é tida como uma possível concorrente para a possível
vaga. Ainda na tarde de sexta-feira (8), a presidente do PT disse que o plano de Moro de ser candidato a presidente deu com os burros n’água.

“Ex-juiz parcial teve de voltar correndo [para o Paraná]. Agora que vai ser
cassado, por causa dos crimes eleitorais que cometeu, traz a mulher de novo,
para ser candidata na vaga dele”, escreveu a petista no X (antigo Twitter).

Em resposta, Rosângela compartilhou uma matéria sobre a crítica e disparou: “Chora, Gleisi”. A deputada também respondeu ao comentário de um internauta que afirmou nunca ter visto a petista nas ruas de Curitiba: “Pessoas de rabo preso não andam pelas ruas”.

A empresária Roberta Moreira Luchsinger acionou a Procuradoria Regional Eleitoral de São Paulo contra Rosangela, por ter feito a mudança. Ela alega que a deputada praticou “infidelidade domiciliar” por abandonar “o eleitorado que a elegeu e, por conseguinte, renunciado tacitamente a seu mandato.

Em nota, a deputada federal afirmou que a “transferência do domicílio
eleitoral é um direito de todo cidadão brasileiro”. “A deputada federal
Rosangela Moro (União-SP), apesar de ter efetivado a transferência do seu
domicílio eleitoral para o Paraná, onde se encontra o seu marido e sua família,
continuará a representar o Estado de São Paulo e sua população, mantendo,
inclusive, seu escritório de representação aberto na capital paulista e a agenda
nas demais cidades do Estado”, informou.

Legislação não impede mudança, dizem especialistas

Não há obrigação de que o indivíduo mantenha o domicílio eleitoral no
mesmo Estado em que foi eleito, segundo a legislação. O advogado e
professor de Direito Eleitoral da Escola Paulista de Direito Alberto Rollo
explicou que essa exigência existe apenas para vereadores. Ou seja,
juridicamente, não há nenhuma implicação da mudança no exercício do atual
mandato de Rosângela na Câmara.

Deixe seu comentário