Filho posta vídeo na Bahia e encontra mãe após 41 anos em São Paulo 

O reencontro entre Carlos e Maria Lúcia, aconteceu 41 anos depois, através Divisão de Desaparecidos da Prefeitura de São Paulo.

Maria Lúcia e Carlos. Foto: Álbum da família
Maria Lúcia e Carlos. Foto: Álbum da família

CARINHANHA – O comerciante Carlos Rodrigues da Silva ,43 anos, morador da cidade de Carinhanha, no interior da Bahia, reencontrou com sua mãe Maria Lúcia Justino de Abreu, 69 anos, após ser levado pelo pai com um ano e seis meses da cidade de São Paulo para o município de Iuiu, também na Bahia.  

O reencontro entre Carlos e Maria Lúcia aconteceu 41 anos depois, no início do mês de março, após ele gravar um vídeo e ser enviado para o diretor da Divisão de Localização Familiar e Desaparecidos da Prefeitura de São Paulo, pela agente de saúde Vaneide Teixeira Pessoa Flores. 

 Darko Hunter, diretor da Divisão, informou que depois de receber o vídeo Maria Lúcia foi localizada em 30 minutos. Ele contou que a única informação que a equipe tinha era o nome completo da mãe dele, ocasião em que a equipe iniciou busca no sistema da Secretaria de Saúde do estado em meia hora.   

Darko disse que depois de localizar Maria Lúcia na Vila Joaniza, bairro de Cidade Ademar, zona sul da capital, ele entrou em contato com Carlos. “Ele [Carlos] não conseguia acreditar que sua mãe havia sido localizada. Foi um momento importante não só para Carlos, mas também para todos nós”, contou Darko.  

Em contato com o ABC em Foco, o paulista de nascimento e baiano de coração afirmou que não acreditou quando foi informado que havia encontrado sua mãe.  

“Não pensei duas vezes, peguei o ônibus de Tim aqui em Carinhanha e partir para São Paulo. Viajei quase 2 mil quilômetros, quase 24 horas de viagem. Ela [mãe] sempre morou no mesmo local. Ela disse que não mudou porque sabia que eu iria procurar por ela. Quantos dias das mães passei sem ela, agora estou me preparando para voltar lá em agosto”, contou Carlos.   

Questionado pela reportagem se ele se mudaria para São Paulo, Carlos respondeu que não. Ele disse que não se acostuma em São Paulo pegando coletivo lotado todos os dias, mas afirmou que em agosto volta para o aniversário da mãe. “Agora quero ir com minha esposa e quatro filhos”, disse. 

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